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Orbán acusa Bruxelas de "comportamento irresponsável" e nega qualquer acordo para embargo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acusou esta segunda-feira a Comissão Europeia de ter um "comportamento irresponsável" para com a Hungria e desmentiu a existência de um compromisso sobre novas sanções à Rússia.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse ontem que acordo está a uma distância de “centímetros”.
Bernadett Szabo/Reuters
30 de Maio de 2022 às 15:29
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"Não há qualquer compromisso nesta altura, não há qualquer acordo" sobre um novo pacote de sanções à Rússia, salientou Orbán em declarações à entrada para o Conselho Europeu, acrescentando que a Hungria "está numa situação muito difícil, basicamente por causa do comportamento irresponsável da Comissão".

Orbán recusou que haja qualquer proposta de acordo que não seja negociada pelos Estados-membros, como a ideia de um novo embargo e sanções ao petróleo russo "saída do nada, sem responder à questão da segurança no abastecimento energético à Hungria".

"A responsabilidade numa falta de acordo hoje pesa sobre os ombros da Comissão" considerou ainda, acrescentando que "primeiro deve ser apresentada uma solução e só depois sanções".

Para o líder húngaro, os primeiros cinco pacotes de sanções à Rússia tiveram uma abordagem diferente: primeiro as sanções e só depois se pensou nas consequências e em soluções para elas, sendo agora preciso inverter de modo a apresentar primeiro soluções e só depois adotar medidas sancionatórias.

Os líderes da União Europeia iniciam hoje em Bruxelas uma cimeira extraordinária de dois dias, na qual discutirão questões de energia, segurança alimentar e defesa, em todos os casos à luz da guerra na Ucrânia, novamente o tema central.

Este Conselho Europeu voltará a contar com a participação, por videoconferência, do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que na semana passada deplorou a "falta de unidade" entre os 27, numa altura em que os Estados-membros ainda não chegaram a um acordo em torno do sexto pacote de sanções à Rússia, quase um mês depois de apresentado pela Comissão Europeia, face ao bloqueio da Hungria relativamente ao embargo, mesmo que gradual e progressivo, às importações de petróleo russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, o que mereceu a condenação da generalidade da comunidade internacional, nomeadamente da UE, que já adotou cinco pacotes de sanções a Moscovo e tenta chegar a acordo sobre o sexto.


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