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Kiev realiza primeiro leilão mensal de transporte de gás desde início da guerra. Gazprom recusa ampliar capacidade

Kiev realizou esta  segunda-feira o primeiro leilão mensal de transporte de gás desde o início da guerra na Ucrânia, mas a Gazprom recusou-se ampliar a capacidade em julho para a Europa em mais 15 milhões de metros cúbicos.

Para a indústria portuguesa, como a de têxtil ou cerâmica, o aumento dos preços da energia figura como o principal impacto da guerra na Ucrânia.
Kacper Pempel/Reuters
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A empresa estatal russa Gazprom optou por não ampliar o fornecimento de gás através da Ucrânia para a Europa em julho, apesar de já ter procedido a uma redução do gás transportado no Nord Stream, que leva o gás russo até à Europa.

Kiev realizou esta  segunda-feira o primeiro leilão mensal desde o início da guerra na Ucrânia, oferecendo uma capacidade diária adicional de 15 milhões de metros cúbicos em julho, segundo a Bloomberg.

 

Depois de o Kremlin ter reduzido em cerca de 60% a quantidade gás enviada para a Europa através do gasoduto Nord Stream, o próximo mês promete assistir a um agravamento da crise de abastecimento desta matéria-prima, já que o gasoduto irá ficar parado vários dias para a realização das habituais obras de manutenção, que acontecem anualmente.

 

Contactada pela Bloomberg, a empresa estatal russa recusou-se a comentar o assunto, já a operadora ucraniana de gasodutos GTSOU através do seu CEO Sergiy Makogon afirmou que esta recusa serve "como mais um argumento adicional que prova que, na verdade, a Gazprom e o Kremlin estão a utilizar o gás como arma contra a Ucrânia e principalmente contra a Europa".

 

Kiev já pediu várias vezes para que a Gazprom aumentasse o trânsito de gás através da estação de Sudzha, apelo que até agora não teve resposta do lado russo. Para além dos leilões que oferecem a possibilidade à companhia russa de comprar mais capacidade mensal, a Gazprom ainda pode comprar mais capacidade de trânsito em leilões diários, algo que também ainda não fez.

 

Através do contrato de trânsito celebrado com Kiev, a Gazprom pode fornecer 77,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia à Europa, através da Ucrânia, no entanto, atualmente e segundo as contas da Bloomberg só passam por dia 42 milhões de metros cúbicos.

 

A guerra continua a agravar os cortes de fornecimento de gás na Europa. Esta segunda-feira, os preços do gás natural na Europa no índice holandês TTF, que é o "benchmark" para os mercados europeus, crescem 1,02%, até aos 123,75 euros por megawatt-hora (MWh).

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