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Ucrânia: Rússia corta metade do fornecimento de gás natural à Eslováquia

Desde a última terça-feira que tem havido uma queda crescente no fornecimento, que começou com 10%. Na quinta-feira esse corte subiu para 30% e a partir de hoje só recebe 50% do volume de gás acordado com a gigante russa Gazprom.

Os caminhos para financiar a guerra estão a diminuir, mas os poderosos têm um guia e conhecem os trilhos.
Anatoly Maltsev/EPA
17 de Junho de 2022 às 22:11
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A Rússia cortou hoje metade do gás que fornece à Eslováquia, informou o diretor da Slovak Gas Company (SPP), Richard Prokypcak, que, por outro lado, descartou haver problemas de abastecimento no país atualmente.

Richard Prokypcak especificou que desde a última terça-feira tem havido uma queda crescente no fornecimento, que começou com 10%. Na quinta-feira esse corte subiu para 30% e a partir de hoje só recebe 50% do volume de gás acordado com a gigante russa Gazprom.

A Eslováquia juntou-se, assim, a outros países europeus, como Alemanha, França, Itália e Áustria, que viram as entregas reduzidas de gás russo depois de a Gazprom ter anunciado reduções nos volumes fornecidos à Europa pelo gasoduto Nord Stream I.

A empresa russa atribui as interrupções ao atraso nos reparos da empresa alemã Siemens, que aderiu às sanções ocidentais contra a Rússia. No entanto, vários responsáveis europeus, incluindo Richard Prokypcak, levantaram suspeitas de motivação política.

"Eu avisei que se anunciássemos que queremos encher os nossos depósitos na Europa para 80-90%, iríamos provocar a contraparte, que começaria a reduzir o fornecimento para nos impedir de cumprir o nosso objetivo", disse o diretor da SPP, numa feira de tecnologia.

Richard Prokypcak explicou que as jazidas de gás estão atualmente ocupadas em 52% da sua capacidade e admitiu o risco de Moscovo interromper completamente as suas exportações de gás natural para a União Europeia (UE).

Entretanto, assegurou que a atual redução não coloca em causa o abastecimento deste combustível, uma vez que o país tem contratos com a Noruega que lhe vão permitir receber gás do mar do Norte através da Alemanha e da República Checa, com os quais poderá reduzir a sua dependência russa em 65%.

Atualmente, do total de importações de gás natural, a Eslováquia recebe 85% de gás da Rússia.

Além disso, Bratislava garantiu, com dois navios mensais, o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) através da Croácia, e também está a explorar acordos com Itália, Bélgica e Inglaterra.

O preço do gás reagiu na quinta-feira ao aumento da redução das exportações russas para a Europa.

O preço do gás natural TTF para entrega em julho no mercado neerlandês ultrapassou os 140 euros por megawatt hora (MWh), o seu preço mais alto desde 10 de março, embora depois tenha moderado para 120 euros, fechando 3,21 euros acima da sessão de quarta-feira.
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