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Embargo a petróleo russo. Vai mesmo funcionar?

Com Bruxelas a preparar-se para impor um embargo ao petróleo russo e aos produtos refinados, os analistas alertam para o risco de que os Estados-membros poderão continuar a comprar estes produtos a Moscovo “de forma encapotada”. Esta é, aliás, a posição do Kremlin que diz que os europeus “vão continuar a comprá-lo através de países terceiros e mais caro”.
Bárbara Silva e Patrícia Abreu 08 de Maio de 2022 às 11:00

A União Europeia está cada vez mais perto de passar das palavras à ação e deixar definitivamente de comprar petróleo à Rússia, bruto e refinado, por via marítima e por oleodutos. Mas será mesmo assim? Ao proibir a compra por via direta ao Kremlin não estarão os 27 em risco de vir a "comprar gato por lebre", ou seja, adquirir petróleo russo na mesma, mas através de países terceiros? Alguns analistas apontam este cenário como muito provável, tendo em conta que já hoje "é uma prática comum nas transações físicas do petróleo" que circula pelo mundo.

 

"Desde que sai de um qualquer destino, de um qualquer porto, um navio-petroleiro pode mudar de dono várias vezes. É uma prática corrente", admitiu ao Negócios o secretário-geral da APETRO, António Comprido, acrescentando: "Resta saber que regras implementará a UE no terreno para evitar que isto aconteça, já que as transações petrolíferas têm processos administrativos muito complexos."

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