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Von der Leyen admite progressos no Brexit, mas realça "grandes diferenças"

A presidente da Comissão Europeia esteve em chamada com Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, e considera que ainda existem "grandes diferenças" para serem trabalhadas. Prazo para acordo termina domingo.

JOHN THYS
Gonçalo Almeida goncaloalmeida@negocios.pt 17 de Dezembro de 2020 às 19:54
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (na foto), falou hoje com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, tendo no final saudado o progresso substancial que foi feito nas negociações pelo Brexit, mas frisando as "grandes diferenças" que ainda impedem um acordo.

"Saudamos o progresso substancial em muitas questões. No entanto, grandes diferenças ainda precisam de ser superadas, em particular no que se refere às pescas", refere o comunicado da líder europeia, divulgado após a conversa entre ambos.


Já Boris Jonhson disse que as negociações estavam "numa situação séria", depois da chamada.

O acesso dos pesqueiros europeus às águas territoriais britânicas tem sido um dos maiores pontos de discórdia destas negociações. Caso não haja acordo até 31 de dezembro deste ano - o período de transição definido para o divórcio -, as trocas entre os dois blocos serão alvo de tarifas e controlos alfandegários a partir de 1 de janeiro.

O parlamento europeu estabeleceu até ao próximo domingo, dia 20 de dezembro, para que ambas as partes consigam chegar a acordo.

O principal negociador do Brexit na UE, Michel Barnier, disse que um entendimento entre Bruxelas e Londres até essa data seria "difícil, mas possível". Na ausência de acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

Do lado europeu, a Comissão Europeia publicou planos de contingência para que não sejam interrompidas a circulação rodoviária, o tráfego aéreo e as atividades de pesca, enquanto o Reino Unido confirmou este fim de semana que quatro navios da Marinha britânica estão a postos para proteger as águas de pesca do Reino Unido se não houver acordo com a UE.

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