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Von der Leyen admite progressos no Brexit, mas realça "grandes diferenças"
A presidente da Comissão Europeia esteve em chamada com Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, e considera que ainda existem "grandes diferenças" para serem trabalhadas. Prazo para acordo termina domingo.
"Saudamos o progresso substancial em muitas questões. No entanto, grandes diferenças ainda precisam de ser superadas, em particular no que se refere às pescas", refere o comunicado da líder europeia, divulgado após a conversa entre ambos.
With @BorisJohnson we took stock of the EU-UK negotiations.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) December 17, 2020
We welcomed substantial progress on many issues. Yet big differences remain to be bridged, in particular on fisheries. Bridging them will be very challenging.
Negotiations will continue tomorrow. pic.twitter.com/ou5NUibZ3e
Já Boris Jonhson disse que as negociações estavam "numa situação séria", depois da chamada.
O acesso dos pesqueiros europeus às águas territoriais britânicas tem sido um dos maiores pontos de discórdia destas negociações. Caso não haja acordo até 31 de dezembro deste ano - o período de transição definido para o divórcio -, as trocas entre os dois blocos serão alvo de tarifas e controlos alfandegários a partir de 1 de janeiro.
O parlamento europeu estabeleceu até ao próximo domingo, dia 20 de dezembro, para que ambas as partes consigam chegar a acordo.
O principal negociador do Brexit na UE, Michel Barnier, disse que um entendimento entre Bruxelas e Londres até essa data seria "difícil, mas possível". Na ausência de acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.
Do lado europeu, a Comissão Europeia publicou planos de contingência para que não sejam interrompidas a circulação rodoviária, o tráfego aéreo e as atividades de pesca, enquanto o Reino Unido confirmou este fim de semana que quatro navios da Marinha britânica estão a postos para proteger as águas de pesca do Reino Unido se não houver acordo com a UE.