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Veículo avança sobre peões em Londres. Há 1 morto e 8 feridos hospitalizados

Várias pessoas ficaram feridas num atropelamento na Seven Sisters Road, a norte da capital britânica, ao início da madrugada desta segunda-feira. Está confirmada uma vítima mortal e a polícia está a tratar o incidente como um potencial acto terrorista.

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19 de Junho de 2017 às 01:27
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Uma pessoa foi detida depois de ter avançado com uma carrinha sobre peões e atropelado inúmeras pessoas que saíam do Centro de Bem Estar Muçulmano, perto da mesquita de Finsbury Park, na Seven Sisters Road, a norte de Londres, avançou o The Telegraph pouco depois da meia-noite desta segunda-feira, 19 de Junho.

As forças de segurança receberam chamadas de emergência às 00:20, referiu num tweet a Polícia Metropolitana de Londres, que se deslocou de imediato para o local.


Também os serviços de emergência médica londrinos avançaram na sua conta da rede social Twitter que tinham sido chamados ao local, tendo disponibilizado vários recursos. 


Algumas testemunhas afirmaram ao The Telegraph terem visto pelo menos seis pessoas no chão a serem assistidas.

Ao The Guardian, outras testemunhas referiram que foram os populares que imobilizaram o condutor da carrinha até chegar a polícia. No entanto, outros relatos à Sky News apontavam para três homens dentro da carrinha, tendo dois conseguido fugir.

 

Uma outra testemunha, Abdulrahman Saleh Alamoudi, disse ao The Telegraph que o homem que foi imobilizado pelos populares gritou "Vou matar todos os muçulmanos".

 



O The Guardian, por sua vez, avançou que uma unidade de combate ao terrorismo estava, por precaução, junto da polícia.

 

A primeira-ministra britânica reagiu pouco depois, descrevendo a situação junto à mesquita de Finsbury Park como um "incidente terrível". "Os meus pensamentos estão com aqueles que ficaram feridos, com os seus entes queridos e com os serviços de emergência no local", declarou Theresa May, citada pelo The Guardian.

Por seu lado, o líder trabalhista, cuja circunscrição inclui Finsbury Park, disse estar "completamente chocado" com o que aconteceu. Jeremy Corbyn declarou estar em contacto com as mesquitas, a polícia e o Conselho Municipal de Islington.


Já o Conselho Muçulmano Britânico (CMB) sublinhou, citado pela BBC News, que a carrinha avançou "intencionalmente" sobre um grupo de fiéis que saía do Centro de Bem Estar Muçulmano, perto da mesquita, depois das orações da noite. Harun Khan, secretário geral do CMB, escreveu na sua conta do Twitter que o perpetrador deste ataque foi movido pela "islamofobia".

O Mail Online falava em 3 a 4 mortos e 7 feridos, em resultado deste incidente - cujos contornos estavam ainda a ser apurados, no sentido de perceber se teria sido um ataque intencional.


Posteriormente, perto das 05:00, hora de Lisboa, a polícia metropolitana de Londres fez uma actualização, referindo que havia um morto confirmado e oito feridos. Quanto ao atacante detido, disse ter 48 anos.



A unidade londrina de ambulâncias deu conta, num tweet na sua conta oficial, desse mesmo número de feridos transportados para três hospitais de Londres (enquanto outros feridos ligeiros foram assistidos no local).


Theresa May, entretanto, revelou que a polícia estava a tratar este incidente como um "potencial ataque terrorista" e anunciou uma reunião de emergência. "Vou presidir, ao final desta manhã, a uma reunião de emergência", disse a primeira-ministra, citada pelo The Guardian. May referia-se à reunião do comité de emergência do governo ("Cobra") .

O comité "Cobra" (siglas de Cabinet Office Briefing Room) é composto pelos principais ministros e só é convocado quando surge uma situação grave em matéria de segurança, como é o caso.


Já o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, publicou uma declaração no Facebook, dizendo que o ataque foi deliberado e que teve como alvo "londrinos inocentes, muitos dos quais estavam a terminar as suas orações do sagrado mês do Ramadão".




Também o ministro do Interior, Amber Rudd, se pronunciou sobre o sucedido, apelando a que o povo "continue unido, resoluto, contra todos aqueles que tentam dividir-nos e espalhar ódio e medo".

Nos Estados Unidos, a polícia nova-iorquina já anunciou que destacou forças de segurança para as mesquitas de Nova Iorque, na sequência deste ataque em Londres.

O ataque ocorre num momento de perturbação política, no mesmo dia em que se iniciam as conversações com vista ao divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia, com a primeira-ministra enfraquecida por ter perdido a maioria parlamentar nas eleições do passado dia 8 de Junho, recordou a Reuters.

 

Theresa May tem sido alvo de fortes críticas pela sua resposta ao incêndio da semana passada na torre de apartamentos Grenfell em Londres, que provocou pelo menos 58 vítimas mortais, bem como pelo seu historial de redução das forças de segurança enquanto ministra do Interior – algo que tem sido reavivado depois dos recentes ataques no Reino Unido por parte de militantes islamistas, acrescentou a agência noticiosa.

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