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UE quer produzir este ano mais energia eólica e solar do que a que compra à Rússia

Presidente da Comissão Europeia prometeu, no Fórum Económico de Davos, que a União Europeia vai este ano, pela primeira vez, produzir mais energia renovável a partir do vento e sol do que importa da Rússia. Assegurou ainda que a UE está a conseguir transformar a crise energética "numa nova e importante oportunidade".

Devido à bazuca europeia, Comissão Europeia será chamada a pagar cerca de 15 mil milhões por ano a partir de 2027.
Yves Herman/Reuters
16 de Janeiro de 2024 às 19:41
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta terça-feira que a União Europeia (UE) vai produzir este ano mais energia eólica e solar do que aquela que compra à Rússia, dando mais um passo significativo para reduzir a dependência energética de Moscovo.  

"No ano passado, pela primeira vez, a UE produziu mais eletricidade a partir do vento e do sol do que a partir do gás. E este ano, pela primeira vez, a UE deverá obter mais energia global a partir da energia eólica e solar do que da Rússia. Isso é uma boa notícia", referiu a líder do executivo comunitário, no Fórum Ecónomico de Davos. 

Para Ursula von der Leyen, isso mostra que a UE está a conseguir transformar "o desafio de [Vladimir] Putin numa nova e importante oportunidade", depois de o Kremlin ter cortado o fornecimento de gás à Europa e ter usado a energia como arma para responder às sanções económicas impostas pela UE após a invasão russa da Ucrânia.

Ursula von der Leyen recordou que, antes da invasão da Ucrânia, "uma em cada cinco unidades de energia consumida na UE era importada da Rússia" e que Moscovo, ainda antes da guerra, "já tinha aumentado a vulnerabilidade da Europa ao não encher deliberadamente os depósitos de gás até aos níveis habituais".

Porém, tal como o Negócios escreveu em agosto, a organização não-governamental (ONG) Global Witness tem alertado que os países da UE têm vindo a aumentar as compras de gás natural liquefeito (GNL) à Rússia. No caso português, as importações de GNL russo aumentaram, em termos homólogos, quase 6% de janeiro a agosto do ano passado.

A presidente da Comissão Europeia salientou que é importante que se tirem da atual crise energética lições para o futuro e que se perceba como "a dependência excessiva de uma empresa, de um país, de uma rota comercial traz riscos". 

"É por isso que o Pacto Ecológico Europeu coloca tanta ênfase não apenas na redução das emissões, mas também numa presença europeia forte e competitiva na nova economia de energia limpa. Isto inclui a liderança da Europa em tecnologia de energia limpa, desenvolvimento e inovação", frisou.

Ursula von der Leyen elogiou ainda os esforços que foram feitos pelos Estados-membros em termos de uso eficiente de energia. A Comissão Europeia estima que, só em 2023, a eficiência na utilização de energia tenha melhorado "quase 5%". 
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