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UE alerta Londres que acordo do Brexit para os serviços financeiros continua distante

Bruxelas e Londres já acordaram os termos do divórcio, mas há setores que continuam ainda sem respostas, como é o caso dos serviços financeiros. Empresas precisam de um "visto de equivalência" para ter acesso ao mercado único.

Os comissários europeus Valdis Dombro    vskis e Mairead McGuinness apresentaram o plano para evitar acumulação de malparado no balanço dos bancos.
Kenzo Tribouillard/EPA
22 de Janeiro de 2021 às 10:47
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A União Europeia (UE) alertou Londres que um acordo financeiro, como parte do divórcio do Brexit, continua por alcançar, de acordo com Mairead McGuinness, comissária europeia para os serviços financeiros, numa entrevista à Bloomberg TV.

McGuinness disse que Bruxelas não tem uma data limite para a obtenção de um acordo sobre os serviços financeiros e enfatizou que o Brexit irá inevitavelmente dificultar o acesso de empresas e prestadores de serviços londrinos ao bloco central.

"A mudança está a chegar", começa por dizer McGuinness, à Bloomberg TV, acrescentando que "não há como recriar o mercado único de serviços financeiros quando uma das partes decide abandonar o mercado único".

Com grande parte do setor financeiro afastado do acordo comercial entre o Reino Unido e a UE, que levou ao divórcio 31 de dezembro do ano passado, as empresas estão agora a tentar ajustar-se à rutura nos mercados europeus.

A bolsa de Londres perdeu mais de 6 mil milhões de euros em transações diárias de ações para as bolsas da UE no dia 4 de janeiro, o primeiro dia útil após o período de transição.

McGuinness sinalizou que a Comissão Europeia vai discutir primeiro um memorando de entendimento sobre cooperação regulatória com o Reino Unido, com data prevista para março, antes de conceder às empresas do Reino Unido acesso ao mercado único.

O chamado "processo de equivalência" determinará quantos bancos de investimento e negócios comerciais podem permanecer em Londres. 

O acordo original do Brexit é omisso quanto a essa tal equivalência, que é necessária para que as empresas que atuam em Londres possam vender os seus serviços para o mercado único europeu. Certo é, como reforçou  McGuinness, o Reino Unido vai perder parte do acesso ao mercado europeu neste setor que é determinante para as exportações britânicas.
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