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Tombo do Silicon Valley Bank contagia mercados internacionais. Banca cai quase 5%

A casa-mãe do Silicon Valley Bank (SVB) viu-se obrigada a realizar um aumento de capital devido à saída de dinheiro dos depósitos. Este sinal foi entendido como preocupante pelos investidores e levou a uma queda do setor bancário em bolsa na Ásia e Europa.

No dia 9 de fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
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O setor da banca no mercado acionista europeu acordou esta sexta-feira com uma surpresa negativa. O sentimento de preocupação vivido nos Estados Unidos levou a uma forte queda em bolsa, que deixou todas as cotadas a negociar no vermelho.

Esta quinta-feira a casa-mãe do Silicon Valley Bank (SVB) viu-se forçada a proceder a um aumento de capital de 2,25 mil milhões de dólares depois de ter vendido um portfólio de ativos, no valor de 21 mil milhões de dólares, com perdas de 1,8 mil milhões.

De acordo com os analistas, tal terá sido necessário devido a uma elevada sangria nos depósitos por parte da indústria de startups e empresas de pequena dimensão, o principal mercado desta instituição. Segundo informação compilada pela Bloomberg, o SVB tem relações comerciais com quase metade das startups apoiadas por "venture capital" nos Estados Unidos.

O banco espera também uma queda considerável nos rendimentos líquidos através de juros.

Estas informações levaram a uma queda superior a 60% em bolsa, tendo descido mais 20% na negociação no "after-hours". No "premarket" desta sexta-feira regista um decréscimo de 23%.

A reação do mercado acionista a este cenário soou como alerta para os investidores, que reagiram com um "sell-off" generalizado, baseado em preocupações com a solidez da banca nos Estados Unidos.


A sessão asiática também foi influenciada por esta situação, tendo o índice agregador da região, MSCI Asia Pacific, perdido mais de 2%, registando a maior queda desde meados de outubro. O setor bancário da região registou a maior queda em três anos.

Na abertura da sessão no Velho Continente, o setor da banca na Europa chegou a cair 4,88%, a maior queda desde junho, e o índice perdia a meio da manhã 3,75% com todos os títulos a negociar em baixa. O Commerzbank chegou a tombar mais de 9%.

Na bolsa nacional a pressão também se fez sentir, com o BCP tombar 5,93% na abertura, passando depois a recuar 2,97% para 0,2224 euros por ação.

O setor da banca tem registado uma das melhores performance no mercado acionista desde o início do ano, numa altura em que a subida das taxas de juro aumenta a margem financeira e as instituições anunciam dividendos ou programas de recompra de ações como forma de remunerar os acionistas.
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