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Schulz acelera ataque a Merkel após queda nas sondagens
Uma sondagem publicada no Bild dá uma vantagem de 14 pontos percentuais à CDU de Angela Merkel. Schulz desvaloriza os números.
Martin Schulz, principal rival de Angela Merkel nas eleições agendadas para 24 de Setembro, aumentou o tom de críticas à actual chanceler alemã, numa altura em que as sondagens apontam para um aumento da distância das intenções de voto entre os dois candidatos.
As críticas a Merkel foram proferidas num discurso efectuado em Bremen, o primeiro de cerca de 40 grandes comícios que Schulz tem previstos para as próximas cinco semanas.
"Tem sido escrito e estimado que as eleições já estão decididas. Mas tenho que vos dizer: sondagens não são resultados. Têm a opção de escolher entre uma chanceler que evita qualquer debate sobre o futuro e alguém que vos diz o que quer fazer", afirmou.
De acordo com a Bloomberg, o candidato do SPD, partido que com a CDU de Merkel governa a Alemanha desde 2013, focou as criticas a Merkel nas questões da regulação, desigualdade do género e falta de investimento público. Apontou também que Merkel não pretende aumentar as pensões, o que representa uma "declaração de guerra contra uma geração inteira".
As críticas mais fortes por parte do antigo presidente do Parlamento Europeu surgem numa altura em que Schulz está a perder terreno nas sondagens. O barómetro do INSA publicado hoje no Bild dá à CDU 38% das intenções de voto, 14 pontos percentuais à frente do SPD (24%). Na sondagem efectuada pelo mesmo instituto, em Abril, os dois partidos surgiam empatados. Nas sondagens efectuadas por outros organismos a distância entre a CDU e o SPD oscila entre 15 e 18 pontos percentuais.
Merkel não foi o único alvo de Schulz, que também criticou Trump, que "não tem o desejo de se distanciar dos Nazis", assinalando a postura branda de Merkel face às declarações do presidente dos Estados Unidos.