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Sanções do Reino Unido querem atingir bancos, milionários e companhia aérea da Rússia

Boris Johnson tinha prometido sanções duras para atingir a Rússia. Na tarde desta quinta-feira, após os militares russos avançarem para a Ucrânia, o Reino Unido apresentou mais sanções.

Boris Johnson reuniu-se ontem em Bruxelas com Von der Leyen.
John Sibley/Reuters
Cátia Rocha catiarocha@negocios.pt 24 de Fevereiro de 2022 às 18:44
É o maior pacote de sanções já anunciadas pelo Reino Unido para atingir a Rússia, frisou o primeiro-ministro britânico. Boris Johnson tinha prometido sanções "duras", que foram apresentadas esta tarde, horas depois de a Rússia invadir território ucraniano.

As sanções têm alvos claros a atingir: bancos, multimilionários e também a companhia aérea da Rússia, com o objetivo de "debilitar a economia russa". E, conforme foi explicado pelo governo britânico, vão juntar-se às medidas que já tinham sido anunciadas esta semana.

No que diz respeito aos bancos, o Reino Unido pretende congelar os ativos das principais instituições financeiras, incluindo o VTB, o segundo maior banco da Rússia.

Também haverá uma proposta que o acesso aos mercados de capitais britânicos seja vedado às principais companhias russas, detalhou Boris Johnson. De acordo com o britânico Guardian, a ideia é que esta legislação seja aprovada de forma rápida. Além disso, o Estado russo ficaria também impedido de se financiar no mercado britânico, medida que também será apresentada na próxima terça-feira.

As sanções também estarão direcionadas a uma lista de cem personalidades, entidades e respetivas subsidiárias. A lista inclui a Rostec, a maior empresa russa na área da defesa, e também o antigo genro de Vladimir Putin e o multimilionário mais jovem da Rússia, Kirill Shamalov, ou Petr Fradkov, líder do Promsvyazbank. Também Elena Georgieva, do conselho de administração do Novicom Bank, é visada nestas sanções.

Também a companhia aérea russa Aeroflot vai ser alvo de sanções, estando impedida de aterrar em solo britânico.

As exportações de bens que possam ser usadas para fins militares, como componentes elétricos ou peças para camiões, também vão ser alvo de restrições por parte do Reino Unido. No que toca à tecnologia, o Reino Unido pretende apresentar legislação para proibir exportações de componentes como semicondutores ou peças que possam ser usadas em aeronaves.

Conforme o presidente da Ucrânia já havia pedido esta tarde, reiterando que a Rússia fosse retirada do sistema de pagamentos SWIFT, também o Reino Unido menciona um plano para levar a cabo esforços com países aliados para esta restrição. Esta seria uma das sanções mais penalizadoras para a Rússia, mas só poderá ser implementada de forma eficaz com a concordância de outros países.

A Rússia não será o único alvo de sanções - também a Bielorrússia está no radar do Reino Unido, depois das notícias darem contas de que soldados bielorrussos terão participado nesta ofensiva contra a Ucrânia. A Bielorrússia é um dos aliados da Rússia e, esta quinta-feira, Alexander Lukashenko, indicou que o país não irá participar nesta invasão à Ucrânia.
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