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Governo garante que abastecimento de gás e petróleo a Portugal está salvaguardado

O Ministério do Ambiente emitiu esta quinta-feira uma nota na qual sublinha que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia terá "implicações" nos mercados energéticos, mas que "a garantia do abastecimento do Sistema Nacional de Gás e do Sistema Petrolífero Nacional estão salvaguardadas".

O ministro do Ambiente assegurou que não haverá aumento da eletricidade no mercado regulado em 2022.
Bruno Colaço
24 de Fevereiro de 2022 às 16:46
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A escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia terá "necessariamente terá implicações globais" nos mercados energéticos, reconhece o Ministério do Ambiente. No entanto, Portugal não corre riscos no abastecimento de gás e petróleo, garante o Governo. 

Numa nota emitida esta quinta-feira, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, o Ministério tutelado por Matos Fernandes lembra que a Rússia representa cerca de 40% das importações de gás natural (GN) da Europa, pelo que o conflito terá sempre impactos. 

No entanto, "garantia do abastecimento do Sistema Nacional de Gás e do Sistema Petrolífero Nacional estão salvaguardadas, merecendo e tendo, necessariamente, o acompanhamento próximo e constante pelo Governo e demais entidades competentes", ressalva o Executivo. 

E justifica. De acordo com o ministério, no contexto nacional, "em 2021, somente 10% das importações de GN são provenientes da Rússia, pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal". 

O ministério adianta ainda que "Portugal vive hoje num cenário de uma maior diversificação de origens do GN que importa e, sendo o mercado de GN global, existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável ao GN vindo da Rússia". 

Além disso, o país "dispõe de elevados níveis de armazenamento de GN (79,2% da capacidade total), que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais", e nos últimos dias "não se verificaram quaisquer falhas nas entregas de GNL no terminal de Sines e a calendarização de fevereiro e março decorre como programado pelos agentes de mercado". 

Já no que toca ao Petróleo Bruto (crude) e seus Derivados, "não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020. Os produtos intermédios que se importaram da Rússia, e que representam uma pequena fração do total, têm fornecedores alternativos no mercado internacional". 

O Governo destaca ainda que "Portugal dispõe de reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL), os quais, no caso dos combustíveis, são suficientes para garantir o consumo nacional durante 90 dias".
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