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Regling: “O FMI é bastante caro”

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade defende que a instituição que lidera “não vai ser como um FMI para a Europa”.

Bruno Simão/Negócios
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Klaus Regling diz sem hesitações: "O FMI é bastante caro. E foi por isso que Portugal reembolsou mais cedo [os empréstimos]". O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade defende que mesmo quando a instituição que lidera for transformada para se substituir ao FMI no apoio aos países em dificuldades, terá características diferentes.

 

Klaus Regling está esta manhã em Lisboa, na conferência "O futuro do Mecanismo Europeu de Estabilidade", organizado pelo jornal Público.

 

"O MEE não vai ser como um FMI para a Europa", defende Regling, explicando que em alguns pontos o MEE está mais atrasado, mas noutros até está mais à frente.

 

Para o presidente do MEE, as comparações com o FMI limitam-se ao facto de que ambas as instituições providenciam financiamento. "Mas é aqui que termina a comparação", assegura.

 

Desde logo porque há diferenças tanto no refinanciamento, como nos termos dos empréstimos. Regling diz que o orçamento português poupa todos os anos 1,3 mil milhões de euros em juros porque o MEE só aplica o seu próprio custo de financiamento nos empréstimos que faz, e este é mais baixo do que o custo de financiamento português.

 

O mesmo acontece com a Grécia, que poupa 10 mil milhões de euros por ano ao ter-se financiado junto do MEE. A poupança para a Grécia é maior porque mais de metade da sua dívida está em organizações do MEE e recorreu também a um empréstimo global muito superior do que o português.

 

Seja como for, ambos os países vão poupar durante muitos anos, porque as maturidades são alongadas.

 

"O FMI não faz isto. E isto só é possível porque somos todos parte da mesma família europeia", frisa.

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