"Se o sentimento optimista que actualmente existe nos Estados Unidos com a eleição de um novo presidente é o reflexo da realidade" – afirma George Handjinicolaou, presidente do banco, em entrevista à Bloomberg TV – "penso que a restante economia global vai sentir os efeitos positivos disso e mesmo a Grécia vai beneficiar".

A vitória de Donald Trump é vista pela presidência do banco como uma forma de espalhar o crescimento económico, podendo assim ajudar a Grécia a sair de recessão.

De acordo com a Bloomberg, os bancos gregos têm vindo a passar por dificuldades ao longo daquela que é a maior recessão económica no país desde a 2ª Guerra Mundial e a maior reestruturação da dívida soberana de sempre.

Para os próximos três anos, os bancos comprometeram-se a limpar os seus balanços através de vendas, cancelamentos e acordos de serviços com gestores da dívida. Para Handjinicolaou, o sucesso destas medidas depende da dinâmica económica grega. "Mesmo que usemos o sistema mais inovador de gestão de crédito mal-parado, se a economia da Grécia não avançar, isso não nos permitirá chegar longe", afirma, acrescentando que a maior preocupação situa-se na direcção para a qual o país avança.

Segundo a mesma fonte, o Piraeus Bank apresentou no passado mês de Setembro um lucro de 14 milhões de euros durante os primeiros nove meses deste ano. Em igual período do ano passado, o mesmo banco apresentou perdas de 621 milhões de euros. O presidente do banco acredita que a sua instituição financeira irá ao encontro das metas estabelecidas pelo banco central grego com a redução de empréstimos a fundo perdido.