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Líder dos Trabalhistas ingleses demite coordenadora de campanha
Eleições da passada quinta-feira deixaram Keir Starmer "profundamente desapontado" e foram a razão para afastar Angela Rayner.
O líder do Partido Trabalhista britânico, Keir Starmer, demitiu no sábado a presidente e coordenadora das campanhas eleitorais do partido, Angela Rayner, que, no entanto, mantém o posto de "número dois" da formação.
Na sexta-feira, Starmer tinha anunciado que estava a considerar uma reestruturação da liderança do partido, à medida que foram sendo conhecidos os resultados nas eleições locais no Reino Unido, com a derrota dos trabalhistas em vários círculos eleitorais tradicionalmente de esquerda.
Rayner deverá também abandonar a liderança parlamentar adjunta dos trabalhistas.
A ala esquerda do Partido Trabalhista criticou de imediato o afastamento de Rayner, o que pode reabrir as feridas internas sofridas pelo partido durante anos.
O movimento popular Momentum, que apoiou o antigo líder trabalhista Jeremy Corbyn, disse que Rayner tem sido um "bode expiatório" e acusou Starmer de recuar na promessa de que iria assumir a responsabilidade pelos resultados.
Na sexta-feira, Keir Starmer disse estar "profundamente desapontado com os resultados" das eleições de quinta-feira e assumiu "plena responsabilidade".
O resultado mais significativo aconteceu em Hartlepool, norte de Inglaterra, onde foi eleita deputada a conservadora Jill Mortimer, que obteve 15.529 votos, quase o dobro dos obtidos pelo seu opositor trabalhista Paul Williams (8.589).
O círculo eleitoral estava nas mãos do ‘Labour' desde 1964.
No total, o Partido Trabalhista perdeu 109 assentos e o Partido Conservador ganhou 114, numa altura em que os boletins continuam a ser contados.
Ao todo, foram a votos cerca de 4.650 representantes em 143 municípios em Inglaterra, 13 Presidentes de Câmara Municipal [mayors] eleitos diretamente, 39 comissários de polícia e 25 deputados da Assembleia Municipal de Londres.
Realizaram-se também eleições para escolher os 129 deputados da Assembleia da Escócia e 60 deputados da Assembleia do País de Gales, cujo resultado ditará os respetivos Governos autónomos.
Os resultados completos poderão só ser conhecidos no início da próxima semana.