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Líder do 5 Estrelas “abre mão” de primeiro-ministro para conseguir formar governo
Luigi Di Maio está disponível para negociar e encontrar um primeiro-ministro que agrade a todas as partes se isso resolver a situação política em Itália.
O líder do Movimento 5 Estrelas lançou uma última carta no jogo político em Itália. Se o problema para se conseguir formar governo é Luigi Di Maio ser primeiro-ministro, então que se encontre um substituto que agrade às partes envolvidas de forma a desbloquear a situação.
"Se o obstáculo é Luigi Di Maio como primeiro-ministro, então vamos escolher um primeiro-ministro em conjunto", afirmou o responsável numa entrevista às estação de televisão RAI, este domingo, 6 de Maio.
Luigi Di Maio tem defendido que será o próximo primeiro-ministro italiano, desde as eleições que decorreram a 4 de Março e que deram a vitória ao Movimento 5 Estrelas. Mas sem maioria precisa de conseguir coligar-se. Este cenário é possível se se juntar à Liga, liderada por Matteo Salvini, e que agrega o Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, os Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni, e a Liga.
A tomada de posição do líder do 5 Estrelas surge a um dia do presidente da República, Sergio Mattarella, dar início à terceira, e provavelmente última, ronda junto dos partidos para tentar desbloquear a situação sem ter de convocar novas eleições.
Mas a tomada de posição de Di Maio não foi apenas de "abrir mão" do cargo de líder do governo. O responsável mantém a exigência que Silvio Berlusconi seja afastado, considerando que o ex-primeiro-ministro italiano é um símbolo da corrupção política no país.
"A bola está agora do lado do centro de direita", salientou Di Maio, admitindo não saber se Berlusconi está disponível para se retirar.
A Reuters adianta que Matteo Salvini, Silvio Berlusconi e Giorgia Meloni vão reunir-se ainda este domingo para discutir a situação.
Esta segunda-feira, 7 de Maio, o presidente italiano vai assim voltar a ouvir os partidos para ver se há entendimento possível que viabilize a formação do governo. Caso contrário, explica a Bloomberg, Mattarella deverá pedir aos partidos que formem um governo transitório que terá como principal objectivo fazer aprovar a nova lei eleitoral. A agência adianta que uma aprovação rápida desta legislação poderá permitir a que sejam realizadas novas eleições no país em Setembro.