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Lagarde apontada como sucessora de Draghi no BCE

Uma proposta que está a circular em Bruxelas coloca a alemã Ursula von der Leyen a liderar a Comissão Europeia e a francesa Lagarde à frente do BCE.

02 de Julho de 2019 às 13:19
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A escolha do próximo presidente do Banco Central Europeu não está na agenda oficial da cimeira europeia onde os líderes europeus tentam chegar a acordo para os cargos de topo na União Europeia.

 

Mas o nome de quem vai substituir Mario Draghi no Banco Central Europeu está no centro das negociações em Bruxelas e, segundo a Bloomberg, a atual diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) está a ganhar força.    

 

Os 28 chefes de Estado e Governo da União Europeia estão terça-feira, 2 de julho, à mesa de negociações no âmbito da cimeira extraordinária destinada a definir como serão distribuídos os cargos de topo das instituições comunitárias na próxima legislatura.

 

Segundo a agência Bloomberg, a lista mais recente de distribuição de cargos coloca Lagarde como principal candidata a ocupar o lugar que Mario Draghi vai deixar vago em outubro.

 

Nesta proposta, a alemã Ursula von der Leyen fica com a presidência da Comissão Europeia e o belga Charles Michel com a liderança do Conselho Europeu. O eslovaco Maros Sefcovic seria o Alto Representante da UE para a política Externa, enquanto Frans Timmermans, holandês que os socialistas queriam à frente da Comissão Europeia, ficaria com o cargo de comissário para a Economia e Indústria. A espanhola Naldia Calviño ficaria com a pasta do Orçamento e a presidência do Parlamento Europeu seria ocupada pelo alemão Manfred Weber durante 2,5 anos e depois por um socialista.

 

A Bloomberg assinala que esta proposta, tal como outras que já circularam em Bruxelas, pode não obter o consenso dos líderes europeus e ficar assim pelo caminho.  

 

Um dos objetivos de Merkel passava por garantir a presidência da Comissão Europeia, o que ficava garantido com a escolha de Ursula von der Leyen, que é atualmente ministra da Defesa do Governo alemão. Esta opção abria caminho para a liderança do BCE ser escolhida pela França, daí o nome de Lagarde estar a ganhar força.  

A confirmar-se, Lagarde será a primeira mulher a liderar o BCE, que já teve um francês como presidente (Jean-Claude Trichet). Com 63 anos, será também a primeira pessoa que não é economista a liderar a autoridade monetária da Zona Euro. Antes de assumir a liderança do FMI (também foi a primeira mulher neste cargo), Lagarde foi ministra das Finanças de França. Está desde 2011 no FMI e o mandato na instituição com sede em Washington só termina em 2021.   

Ursula von der Leyen é uma aliada próxima de Angela Merkel. Ocupa a pasta da defesa no governo alemão
Ursula von der Leyen é uma aliada próxima de Angela Merkel. Ocupa a pasta da defesa no governo alemão Reuters

A Reuters e o jornal alemão Welt também estão a noticiar este cenário de Lagarde no BCE e Leyen na Comissão Europeia, que resulta das negociações entre Macron e Merkel. A proposta terá sido avançada pelo presidente francês e Merkel terá visto de forma "muito positiva" a escolha de Lagarde para liderar o BCE.

 

A reunião de hoje tem o grande desafio de fechar um acordo até às nove da noite, ainda antes do prazo limite para a apresentação de candidaturas à presidência do Parlamento Europeu.

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