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Espanha mantém proposta de Timmermans para presidente da Comissão Europeia
O primeiro-ministro espanhol reconheceu haver líderes que questionam a nomeação de Timmermmans para chefiar o próximo executivo comunitário por este "ter defendido valores europeus e os tratados", o que disse ser "inaceitável".
O chefe do Governo espanhol, Pedro Sanchéz, manteve hoje a proposta de acomodar os candidatos principais, designados de ‘spitzenkandidaten’, das duas maiores famílias políticas nos cargos de presidentes da Comissão Europeia (socialistas) e do Parlamento Europeu (conservadores).
"Defendemos os ‘spitzenkandidaten’ (candidatos principais), defendemos Frans Timmermans para presidente da Comissão Europeia e estamos disponíveis para que (Manfred) Weber seja presidente do Parlamento Europeu", disse, em declarações à entrada para o segundo dia de uma cimeira extraordinária dedicada à distribuição dos cargos de topo da União Europeia (UE).
Sanchéz salientou ainda que é esta solução que vai ser "apresentada às restantes famílias políticas", de modo a conseguir uma ampla maioria de apoio.
O primeiro-ministro espanhol reconheceu haver líderes que questionam a nomeação de Timmermmans para chefiar o próximo executivo comunitário por este "ter defendido valores europeus e os tratados", o que disse ser "inaceitável".
Os líderes dos 28 retomam hoje as negociações das nomeações para os altos cargos europeus, depois de, na segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu ter decidido suspender a cimeira extraordinária devido ao impasse nas negociações.
Quase 24 horas depois de Donald Tusk ter anunciado a interrupção do Conselho Europeu perante a impossibilidade de chegar a um compromisso, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) retomam os trabalhos para definir as nomeações para os cargos de topo, pressionados pelo ‘timing’ da eleição do presidente do Parlamento Europeu, agendada para quarta-feira de manhã em Estrasburgo, França.