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Incêndios na Grécia fazem pelo menos 60 mortos

Estes são os piores incêndios das últimas duas décadas na Grécia. Há confirmação da morte de pelo menos duas crianças. Mais de 150 pessoas ficaram feridas.

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24 de Julho de 2018 às 07:40
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Já são mais de 60 as vítimas mortais dos incêndios na Grécia, que provocaram também pelo menos 150 feridos. Os fogos estão espalhados por todo o país e encontram-se fora de controlo, em grande parte devido aos ventos fortes. A Cruz Vermelha encontrou 26 corpos num aldeamento de Mati, a região mais fustigada pelas chamas. Antes desta descoberta, a contagem oficial era de 24 mortos.

A última actualização foi feita pelo presidente da câmara de Rafina, Evangelos Bournous. "O número de mortos está a aumentar. Já ultrapassámos as 60 [vítimas mortais]", revelou em declarações à Skai TV.

A maioria das vítimas morreu nas suas casas ou nos seus carros em Mati, uma estância de férias a 30 quilómetros de Atenas. O local foi atacado por um incêndio que se movia a alta velocidade devido ao vento. O incêndio deflagrou às 17h (hora local). Uma das vítimas confirmadas é uma jovem de 15 anos e ainda um bebé de seis meses que terá morrido devido à inalação de fumo. A Guarda Costeira confirmou que tinha retirado quatro corpos do mar.

 

Estão feridos 88 adultos e 16 crianças, disse um porta-voz da organização de emergência e ambulâncias EKAV. A Sábado tentou contactar com o secretário de Estado das Comunidades para saber se existem portugueses entre as vítimas, mas não obteve resposta à hora da actualização (9h42).

Os incêndios devastaram casas e obrigaram a diversas evacuações, com as autoridades gregas a declararem o estado de emergência e a pedirem ajuda europeia, como na semana passada fez a Suécia. Espanha e Chipre já ofereceram meios de combate às chamas. Estes são os piores incêndios na Grécia das últimas duas décadas.

Um dos incêndios, a cerca de 50 quilómetros de Atenas, obrigou à evacuação de três localidades, onde reduziu a cinzas dezenas de casas e causou o encerramento ao tráfego durante dezassete quilómetros da autoestrada de Olímpia, que liga a capital com o Peloponeso, porque as chamas estão muito próximas da estrada.

Os incêndios afectaram as linhas eléctricas, o que originou cortes de energia, e também deixaram vários banhistas presos numa praia de Atica, depois de ficarem cercados pelas chamas.

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, antecipou o seu regresso à Grécia a partir de Bósnia-Herzegovina para acompanhar a situação a partir do Centro de Coordenação Unificado e manifestou a sua esperança de que, apesar das condições meteorológicas, possa ser possível controlar os diferentes focos de incêndio espalhados pelo país, diz a Lusa. O ministro da Administração Interna, Nikos Toskas, sugeriu que os incêndios podem ter sido provocados.

Tsipras afirmou que esta situação é "completamente assimétrica" e que serão feitos todos os possíveis para controlar a situação.

(notícia actualizada às 11:00 com novo balanço de vítimas mortais)

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