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Feriado extra em outubro rende 560 milhões de euros ao Reino Unido

O Executivo liderado por Boris Johnson já tem uma estimativa sobre o estímulo à economia britânica com a medida equacionada para compensar os dois feriados “perdidos” devido ao confinamento.

Reuters
25 de Maio de 2020 às 10:33
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O governo do Reino Unido está a pensar introduzir um feriado extra na pausa escolar de outubro, com o objetivo de estender a temporada turística e compensar parte das perdas provocadas pela pandemia de covid-19.

 

O conhecido economista Douglas McWilliams, que pertence ao "Centre for Economics and Business Research (CEBR)", estima ao jornal The Guardian que a data adicional no calendário deste ano, que eclipsou os dois feriados de maio, poderia dar um estímulo de 500 milhões de libras (560 milhões de euros) à economia do país.

 

"Este ano é bem provável que o aumento dos gastos [no retalho, na hotelaria e na restauração] num feriado extra, após um período de abstinência forçada, seja o dobro do habitual, totalizando 440 milhões de libras. Poderia ainda haver um estímulo do turismo na economia com um adicional de 50 milhões. Portanto, seria um estímulo aproximado de 500 milhões por dia", calcula o economista.

O PIB do Reino Unido contraiu 2% no primeiro trimestre do ano, o pior desempenho desde a crise financeira, aproximando-se daquela que poderá ser a maior recessão em mais de 300 anos. Apesar de as medidas de confinamento só terem sido impostas a 23 de março, os efeitos foram devastadores para a economia que já vinha sendo penalizada por meses de incerteza em torno do Brexit.

Corredor aberto com Portugal

 

Na semana passada, o Executivo liderado por Boris Johnson anunciou que vai impor uma quarentena de 14 dias a todas as pessoas que cheguem ao país, provenientes do estrangeiro, já a partir do dia 8 de junho. Algo que alarmou os parceiros europeus, como Portugal, uma vez que os britânicos representam uma fatia considerável dos turistas que se deslocam ao país na altura do verão.

 

Porém, o JN avançou no sábado que Portugal e o Reino Unido já estarão a negociar a criação de um corredor bilateral para viabilizar estas deslocações nos próximos meses. O Ministério dos Negócios Estrangeiros mostra-se "convicto de que será possível acordar uma solução que assegure esses interesses [recíprocos], tendo designadamente em vista o próximo período estival".

O presidente executivo da anglo-sueca AstraZeneca, Pascal Soriot, disse no domingo à BBC que os britânicos poderão ter acesso a uma vacina contra o novo coronavírus a partir de setembro, caso os testes clínicos prossigam. O diretor francês da farmacêutica, com sede em Cambridge, afirmou que os cidadãos daquele país estarão entre os primeiros a receber as doses, a partir do outono.la

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