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Economia do Reino Unido contrai 6% em março e já não escapa à recessão
No conjunto dos primeiros três meses do ano, o PIB do Reino Unido contraiu 2%, a pior marca desde a crise financeira.
A economia do Reino Unido contraiu 5,8% em março, aproximando-se daquela que poderá ser a maior recessão em mais de 300 anos.
Apesar de as medidas de confinamento só terem sido impostas no país a 23 de março, os efeitos foram devastadores para a economia britânica, que já vinha sendo penalizada por meses de incerteza em torno do Brexit.
Assim, no primeiro trimestre do ano, o PIB contraiu 2% - o pior desempenho desde a crise financeira – depois de ter ficado estável nos últimos três meses de 2019.
No entanto, este pode ser apenas o início de uma profunda contração da economia britânica, com o Banco de Inglaterra a antecipar que o PIB pode recuar 25% neste segundo trimestre.
O país começou esta quarta-feira a dar os primeiros passos no sentido de aliviar as restrições impostas no contexto da pandemia mas, como avisou o primeiro-ministro britânico no domingo, não se trata do fim do confinamento, mas antes de um plano "condicional" de regresso gradual à normalidade.
Prova de que esse regresso à normalidade está ainda distante foi o anúncio feito ontem pelo ministro das Finanças Rishi Sunak de que os apoios aos trabalhadores em lay-off vão ser prolongados até ao final de outubro, com um custo de milhares de milhões de libras aos cofres públicos.
O jornal Telegraph divulgou uma avaliação do Governo sobre os custos da crise para o Estado, que mostra que, no cenário base, o défice, calculado em 68 mil milhões de libras, antes da pandemia, aumenta para 337 mil milhões.