Notícia
Europa está a enfrentar a pior seca dos últimos 500 anos. Portugal é dos mais afetados
Comissão Europeia alerta que quase metade do território europeu está sob aviso de seca em agosto e mais de 60% está em alerta devido ao risco de incêndios. Portugal é um dos países mais afetados. Prevê-se que o tempo continue mais quente e seco que o habitual, pelo menos até novembro.
A Europa está a enfrentar a pior seca dos últimos 500 anos. Um relatório da Comissão Europeia, divulgado esta terça-feira, mostra que praticamente metade do território da União Europeia (47%) está sob aviso de seca durante o mês de agosto e mais de 60% está em situação de alerta devido ao risco de incêndios.
"A seca severa que afeta muitas regiões da Europa desde o início do ano tem estado a expandir-se e a piorar a partir do início de agosto. As condições climatéricas secas estão relacionadas a uma persistente falta de precipitação combinada com ondas de calor sucessivas desde maio", lê-se no referido relatório.
O risco de seca tem vindo a aumentar, segundo os peritos da Comissão Europeia, sobretudo em países como Itália, Espanha, Portugal, França, Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Hungria, norte da Sérvia, Ucrânia, Moldácia, Irlanda e Reino Unido. Já o resto da Europa "mantém condições de seca estáveis".
As regiões europeias afetadas pela seca na primavera de 2022, como é o caso do norte de Itália, sudeste de França, e algumas áreas na Hungria e Roménia são "as que apresentam as condições climatéricas mais adversas".
Nos próximos meses, prevê-se uma descida nas temperaturas, mas "pode não ser suficientes para recuperar totalmente" da atual seca. O relatório aponta ainda para condições meteorológicas "severamente mais secas do que o normal" no oeste da Espanha, leste de Portugal e ao longo da costa croata.
"Segundo os cientistas da Comissão, o tempo deve continuar mais quente e mais seco o que o habitual, no Mediterrâneo Ocidental, pelo menos até novembro. Já o dissemos antes, a seca atual parece ser a pior desde, pelo menos, há 500 anos", referiu Johannes Bahrke, porta voz da Comissão Europeia, sobre o relatório.
Queda nas colheitas de verão
As previsões para as colheitas deste verão apontam para uma queda de 16% na produção de milho, 15% na soja e 12% no caso do girassol. A Comissão Europeia prevê também uma pressão sem precedentes sobre os níveis de água em toda a União Europeia, devido à seca severa e às ondas de calor.
Na Itália, o rio Pó está no mais alto nível de seca severa e, nos Países Baixos, os baixos fluxos do Reno estão a afetar a navegação comercial e a estabilidade dos diques. Já em França, mais de 100 municípios têm registado problemas de abastecimento de água e a água potável está a ser entregue às populações por camião.
Em Portugal, a energia hidroelétrica armazenada em reservatórios de água é "inferior a metade da média dos cinco anos anteriores" e que o armazenamento de água para irrigação de culturas está a piorar, com cerca de 25% dos reservatórios estão com um défice significativo e sem capacidade para responder às necessidades de irrigação.
"A seca severa que afeta muitas regiões da Europa desde o início do ano tem estado a expandir-se e a piorar a partir do início de agosto. As condições climatéricas secas estão relacionadas a uma persistente falta de precipitação combinada com ondas de calor sucessivas desde maio", lê-se no referido relatório.
As regiões europeias afetadas pela seca na primavera de 2022, como é o caso do norte de Itália, sudeste de França, e algumas áreas na Hungria e Roménia são "as que apresentam as condições climatéricas mais adversas".
Nos próximos meses, prevê-se uma descida nas temperaturas, mas "pode não ser suficientes para recuperar totalmente" da atual seca. O relatório aponta ainda para condições meteorológicas "severamente mais secas do que o normal" no oeste da Espanha, leste de Portugal e ao longo da costa croata.
"Segundo os cientistas da Comissão, o tempo deve continuar mais quente e mais seco o que o habitual, no Mediterrâneo Ocidental, pelo menos até novembro. Já o dissemos antes, a seca atual parece ser a pior desde, pelo menos, há 500 anos", referiu Johannes Bahrke, porta voz da Comissão Europeia, sobre o relatório.
Queda nas colheitas de verão
As previsões para as colheitas deste verão apontam para uma queda de 16% na produção de milho, 15% na soja e 12% no caso do girassol. A Comissão Europeia prevê também uma pressão sem precedentes sobre os níveis de água em toda a União Europeia, devido à seca severa e às ondas de calor.
Na Itália, o rio Pó está no mais alto nível de seca severa e, nos Países Baixos, os baixos fluxos do Reno estão a afetar a navegação comercial e a estabilidade dos diques. Já em França, mais de 100 municípios têm registado problemas de abastecimento de água e a água potável está a ser entregue às populações por camião.
Em Portugal, a energia hidroelétrica armazenada em reservatórios de água é "inferior a metade da média dos cinco anos anteriores" e que o armazenamento de água para irrigação de culturas está a piorar, com cerca de 25% dos reservatórios estão com um défice significativo e sem capacidade para responder às necessidades de irrigação.