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Economistas apontam para uma recessão na Zona Euro no final deste ano
Os economistas inquiridos pela Bloomberg apontam para a segunda contração trimestral consecutiva do PIB da Zona Euro. Por outro lado, veem uma redução da inflação durante o próximo ano.
A Zona Euro deverá entrar em recessão no último trimestre deste ano, o que não acontecia desde a pandemia. É esta a convicção dos economistas inquiridos no âmbito de uma sondagem levada a cabo pela Bloomberg.
A amostra de especialistas consultada pela agência aponta para uma contração de 0,1%, entre setembro e dezembro, que deverá ser sucedida por uma recuperação ligeira no início do próximo ano.
Esta é uma estimativa mais pessimista do que a que resultou da última sondagem que apontava para que o PIB do bloco se mantivesse inalterado no último trimestre de 2023, evitando assim duas contrações trimestrais consecutivas da economia.
Entre julho e setembro, a Zona Euro contraiu 0,1%, em cadeia (isto é, em relação ao trimestre anterior). A variação trimestral de 13 países do Euro foi negativa, com o Eurostat a confirmar a queda, em cadeia, de 0,2% em Portugal. Em termos homólogos, Portugal cresceu 1,9%.
Em relação à União Europeia (UE), os dados do Eurostat vieram confirmar a estagnação já prevista na estimativa rápida. Este foi o segundo trimestre seguido de estagnação da economia europeia.
Os resultados apurados com esta sondagem contrastam com as mais recentes projeções da Comissão Europeia, que previu em novembro, que a Zona Euro regressaria ao crescimento este trimestre, alimentado pela descida da inflação e por um mercado de trabalho robusto.
Além do PIB, o conjunto de economistas sondado pela Bloomberg foi questionado sobre a suas previsões para a inflação no bloco. Os resultados revelam que os especialistas cortaram nas projeções de crescimento dos preços até setembro de 2024, mas que não apontam para que a inflação desça para a meta dos 2% até ao final de 2024.
Os resultados desta sondagem são publicados dias antes da última reunião de política monetária do BCE deste ano, em que, além de se pronunciar sobre o futuro dos juro diretores, a autoridade monetária irá atualizar as projeções económicas para a Zona Euro.