Notícia
António Costa pede participação na consulta do PRR para "acelerar o futuro"
Num artigo publicado hoje no Diário de Notícias, com o título "Acelerar o futuro" António Costa sublinha que o PRR é um plano coerente e integrado numa estratégia de longo prazo, que exige a participação de todos os portugueses.
18 de Fevereiro de 2021 às 07:26
O primeiro-ministro, António Costa, voltou hoje a apelar à participação de todos os portugueses na consulta pública do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR), que "permitirá recuperar o país e acelerar o futuro".
Num artigo publicado hoje no Diário de Notícias, com o título "Acelerar o futuro" António Costa sublinha que o PRR é um plano coerente e integrado numa estratégia de longo prazo, que exige a participação de todos os portugueses.
"É publicado hoje no Jornal Oficial da União Europeia o Regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência. Cumpre-se assim um dos primeiros objetivos da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para pôr em marcha a "bazuca" com que a UE se mobiliza para efetivar a vitamina que tanto ansiamos", realça.
Nesse sentido, o primeiro-ministro indica que pode agora iniciar-se a negociação formal dos planos de cada Estado-membro, enquanto os parlamentos nacionais prosseguem a ratificação da decisão de aumento dos recursos próprios da União.
Segundo António Costa, a maior originalidade do Mecanismo de Recuperação e Resiliência é responder a uma grave crise conjuntural com reformas e investimentos estruturantes do futuro.
"Não se confunde, por isso, nem com instrumentos de resposta à emergência, como o SURE no apoio ao emprego, nem com o tradicional quadro financeiro plurianual de execução dilatada ao longo da década. Daí o exigente calendário de execução e a forte concentração temática na resiliência e na dupla transição climática e digital", refere.
O primeiro-ministro sublinha que no PRR "só cabe o que for executável até 2026 e o que for elegível neste triplo objetivo".
"O mais - e é muito - irá ser enquadrado nas outras fontes de financiamento, seja no PT2030, seja nos programas de gestão centralizada como o Horizon Europe, seja nos próximos Orçamentos do Estado (OE)", afirma.
De acordo com António Costa, o plano está alicerçado num sólido enquadramento estratégico, a Estratégia Portugal 2030, que integra a "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030" desenvolvida pelo professor António Costa Silva.
No entendimento do primeiro-ministro, este "garante a coerência" com outros programas estratégicos nas áreas do ordenamento do território, do clima ou do investimento, e com as demais fontes de financiamento.
No artigo, António Costa destaca que o plano tem o objetivo claro de responder às necessidades imediatas de recuperar a economia e o emprego, através de investimentos exequíveis no curto prazo, e que acelerem a transformação estrutural do país.
"Na dupla transição climática e digital, obviamente. Mas também na imperiosa necessidade de reforçarmos a coesão social e territorial e de aumentar o nosso potencial produtivo", disse.
António Costa lembra que a pandemia deu a radiografia das vulnerabilidades do país.
"Para enfrentarmos a crise pandémica precisamos simultaneamente de uma vacina contra o vírus e de uma vitamina robusta e eficaz, que nos permita não só recuperar as nossas economias, como também sair da crise mais fortes, mais sustentáveis, mais competitivos, mais coesos", disse.
O governante destaca que o plano prevê, entre outros, diversificar as valências e dotar a rede de cuidados de saúde primários de meios complementares de diagnóstico, alargar a rede de cuidados continuados integrados e paliativos, executar a reforma da saúde mental e reforçar os meios físicos e digitais do SNS mobilizará 1.249 milhões de euros.
Destaca igualmente a dupla transição climática e digital e a existência de 1.365 milhões de euros para investir na descarbonização da indústria e na capacitação digital das empresas, um investimento na escola do futuro e em formação profissional, qualificação, requalificação e educação ao longo da vida (1.928 milhões de euros).
António Costa defende ainda que "este não é um plano do Estado para o Estado. É um plano de Portugal para ser executado descentralizadamente por empresas, instituições do terceiro setor e do sistema científico, regiões e autarquias, cujos projetos o plano financiará, e que serão também os beneficiários últimos de um Estado menos burocrático e com serviços públicos de maior qualidade".
O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.
Depois de um rascunho apresentado à Comissão Europeia em outubro passado e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou na terça-feira a versão preliminar e resumida do PRR em consulta pública, no qual estipula "19 componentes, que integram por sua vez 36 reformas e 77 investimentos".
Num artigo publicado hoje no Diário de Notícias, com o título "Acelerar o futuro" António Costa sublinha que o PRR é um plano coerente e integrado numa estratégia de longo prazo, que exige a participação de todos os portugueses.
Nesse sentido, o primeiro-ministro indica que pode agora iniciar-se a negociação formal dos planos de cada Estado-membro, enquanto os parlamentos nacionais prosseguem a ratificação da decisão de aumento dos recursos próprios da União.
Segundo António Costa, a maior originalidade do Mecanismo de Recuperação e Resiliência é responder a uma grave crise conjuntural com reformas e investimentos estruturantes do futuro.
"Não se confunde, por isso, nem com instrumentos de resposta à emergência, como o SURE no apoio ao emprego, nem com o tradicional quadro financeiro plurianual de execução dilatada ao longo da década. Daí o exigente calendário de execução e a forte concentração temática na resiliência e na dupla transição climática e digital", refere.
O primeiro-ministro sublinha que no PRR "só cabe o que for executável até 2026 e o que for elegível neste triplo objetivo".
"O mais - e é muito - irá ser enquadrado nas outras fontes de financiamento, seja no PT2030, seja nos programas de gestão centralizada como o Horizon Europe, seja nos próximos Orçamentos do Estado (OE)", afirma.
De acordo com António Costa, o plano está alicerçado num sólido enquadramento estratégico, a Estratégia Portugal 2030, que integra a "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030" desenvolvida pelo professor António Costa Silva.
No entendimento do primeiro-ministro, este "garante a coerência" com outros programas estratégicos nas áreas do ordenamento do território, do clima ou do investimento, e com as demais fontes de financiamento.
No artigo, António Costa destaca que o plano tem o objetivo claro de responder às necessidades imediatas de recuperar a economia e o emprego, através de investimentos exequíveis no curto prazo, e que acelerem a transformação estrutural do país.
"Na dupla transição climática e digital, obviamente. Mas também na imperiosa necessidade de reforçarmos a coesão social e territorial e de aumentar o nosso potencial produtivo", disse.
António Costa lembra que a pandemia deu a radiografia das vulnerabilidades do país.
"Para enfrentarmos a crise pandémica precisamos simultaneamente de uma vacina contra o vírus e de uma vitamina robusta e eficaz, que nos permita não só recuperar as nossas economias, como também sair da crise mais fortes, mais sustentáveis, mais competitivos, mais coesos", disse.
O governante destaca que o plano prevê, entre outros, diversificar as valências e dotar a rede de cuidados de saúde primários de meios complementares de diagnóstico, alargar a rede de cuidados continuados integrados e paliativos, executar a reforma da saúde mental e reforçar os meios físicos e digitais do SNS mobilizará 1.249 milhões de euros.
Destaca igualmente a dupla transição climática e digital e a existência de 1.365 milhões de euros para investir na descarbonização da indústria e na capacitação digital das empresas, um investimento na escola do futuro e em formação profissional, qualificação, requalificação e educação ao longo da vida (1.928 milhões de euros).
António Costa defende ainda que "este não é um plano do Estado para o Estado. É um plano de Portugal para ser executado descentralizadamente por empresas, instituições do terceiro setor e do sistema científico, regiões e autarquias, cujos projetos o plano financiará, e que serão também os beneficiários últimos de um Estado menos burocrático e com serviços públicos de maior qualidade".
O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.
Depois de um rascunho apresentado à Comissão Europeia em outubro passado e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou na terça-feira a versão preliminar e resumida do PRR em consulta pública, no qual estipula "19 componentes, que integram por sua vez 36 reformas e 77 investimentos".