Notícia
Elisa Ferreira exibe gráficos que valem "mil horas de negociações"
Elisa Ferreira publicou no Twitter gráficos para desmistificar a ideia de que os principais contribuintes líquidos fazem um sacrifício enorme para o orçamento da UE.
20 de Julho de 2020 às 08:47
A comissária europeia da Coesão, Elisa Ferreira, reagiu hoje de madrugada ao impasse no Conselho Europeu, publicando no Twitter gráficos para desmistificar a ideia de que os principais contribuintes líquidos fazem um sacrifício enorme para o orçamento da UE.
Com a cimeira de líderes consagrada ao plano de relançamento económico da Europa a entrar já no quarto dia sem que haja ainda perspetiva de um acordo, face ao bloqueio dos autodenominados países 'frugais' (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), a comissária portuguesa, responsável pela pasta da Coesão e Reformas, publicou quatro gráficos, acompanhados apenas do comentário de que "um gráfico vale mil horas de negociações".
Um gráfico demonstra como "os benefícios do mercado único compensam largamente o custo de contribuir para o orçamento da UE", outro reúne dados do Eurostat sobre o valor das exportações de cada Estado-membro para outro país da União, um terceiro compara a despesa pública de Alemanha, Holanda, Dinamarca e Suécia com a dimensão do orçamento comunitário, e, por fim, uma quarta tabela revela os países da União onde se trabalha mais horas por semana.
Na análise às tabelas, salta à vista que os quatro 'frugais' são dos países que mais beneficiam com o mercado único, ganhando incomparavelmente mais do que aquilo que lhes é pedido que contribuam para o orçamento da União 2021-2027, que a Holanda ganhou mais de 400 mil milhões de euros em exportações para outros Estados-membros, que a despesa pública na Dinamarca, Suécia e Holanda varia entre os 51,1% do PIB e os 43,3% (quando estes países consideram excessivo um orçamento plurianual da União acima de 1,07% da riqueza dos 27) e, por fim, que a Grécia encabeça a lista de 10 países onde mais horas se trabalha, e na qual consta também Portugal (e nenhum 'frugal').
Os chefes de Estado e de Governo continuam reunidos em Bruxelas em busca de um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19, mas, segundo diferentes fontes diplomáticas, os países 'frugais', com Holanda e Áustria à cabeça, têm inviabilizado um compromisso, ao reclamar constantemente cortes e aumentos dos seus benefícios.
Depois do jantar de trabalho de domingo, o presidente do Conselho Europeu interrompeu a reunião "por 45 minutos", segundo o anúncio do seu porta-voz, mas passadas mais de três horas a reunião plenária a 27 ainda não foi retomada, prosseguindo as consultas à margem numa derradeira tentativa de abrir caminho para um acordo.
Este Conselho Europeu teve início na sexta-feira de manhã.
Com a cimeira de líderes consagrada ao plano de relançamento económico da Europa a entrar já no quarto dia sem que haja ainda perspetiva de um acordo, face ao bloqueio dos autodenominados países 'frugais' (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), a comissária portuguesa, responsável pela pasta da Coesão e Reformas, publicou quatro gráficos, acompanhados apenas do comentário de que "um gráfico vale mil horas de negociações".
One graphic is worth one thousand negotiating hours pic.twitter.com/KRY3ndyAxa
— Elisa Ferreira (@ElisaFerreiraEC) July 19, 2020
Na análise às tabelas, salta à vista que os quatro 'frugais' são dos países que mais beneficiam com o mercado único, ganhando incomparavelmente mais do que aquilo que lhes é pedido que contribuam para o orçamento da União 2021-2027, que a Holanda ganhou mais de 400 mil milhões de euros em exportações para outros Estados-membros, que a despesa pública na Dinamarca, Suécia e Holanda varia entre os 51,1% do PIB e os 43,3% (quando estes países consideram excessivo um orçamento plurianual da União acima de 1,07% da riqueza dos 27) e, por fim, que a Grécia encabeça a lista de 10 países onde mais horas se trabalha, e na qual consta também Portugal (e nenhum 'frugal').
Os chefes de Estado e de Governo continuam reunidos em Bruxelas em busca de um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19, mas, segundo diferentes fontes diplomáticas, os países 'frugais', com Holanda e Áustria à cabeça, têm inviabilizado um compromisso, ao reclamar constantemente cortes e aumentos dos seus benefícios.
Depois do jantar de trabalho de domingo, o presidente do Conselho Europeu interrompeu a reunião "por 45 minutos", segundo o anúncio do seu porta-voz, mas passadas mais de três horas a reunião plenária a 27 ainda não foi retomada, prosseguindo as consultas à margem numa derradeira tentativa de abrir caminho para um acordo.
Este Conselho Europeu teve início na sexta-feira de manhã.