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Quase todo o agravamento do desemprego veio de Lisboa

A taxa de desemprego do primeiro trimestre do ano fixou-se em 12,4%, uma subida de 0,2 pontos face ao trimestre anterior. Contudo, uma só região é responsável por este agravamento.

Bloomberg
11 de Maio de 2016 às 12:07
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Não é uma situação muito comum. Entre as sete grandes regiões do país, cinco tiveram descidas da taxa de desemprego e apenas duas tiveram aumentos, um deles bastante expressivo. Em Lisboa, a taxa de desemprego disparou de 12,5% para 13,7% em apenas três meses. Ao mesmo tempo, no Centro há também mais desempregados, mas a subida é mais ligeira e mantém a região como aquela que tem a taxa mais baixa do país (passa de 9% para 9,3%).

 

Em todas as outras, registam-se diminuições. No Norte, a taxa de desemprego cai de 13,5% para 13,2%; no Alentejo de 13,3% para 12,6%; no Algarve de 12,9% para 12,2%; nos Açores de 12,6% para 12,4%; e na Madeira de 14,7% para 14,3%.

 

Como é que o agravamento do desemprego em apenas duas regiões faz aumentar o valor a nível nacional? Talvez os valores absolutos sejam mais claros. No total, Portugal tem hoje mais 6,3 mil desempregados do que nos últimos três meses do ano. Porém, no Norte há menos 6.200 portugueses desempregados, no Alentejo há menos três mil e no Algarve menos 1.400. Nos Açores e na Madeira há, em ambos os casos, menos 300 pessoas sem trabalho.

 

E o que acontece nas outras duas regiões? O Centro tem mais 900 pessoas desempregadas, mas a verdadeira diferença vem de Lisboa, onde o número de pessoas sem trabalho disparou 16,6 mil. Um valor que abafa as melhorias das outras regiões e é suficiente para, praticamente sozinho,  arrastar o desemprego a nível nacional.

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