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Risco de desemprego para jovens recém-licenciados aumentou para 5,3% em 2020
Pandemia contribuiu para inverter decréscimo no risco de desemprego para jovens recém-licenciados. Serviços sociais, informação e jornalismo são as áreas de formação mais propensas ao desemprego entre novos diplomados.
"Comparando com 2019, a propensão ao desemprego dos recém-diplomados de cursos de licenciatura aumentou em 2020 em cerca de 1,6 pontos percentuais – de 3,7% em 2019 para 5,3% em 2020. Este aumento no risco de desemprego inverteu a tendência decrescente que se vinha a verificar desde 2014", lê-se no estudo da Brighter Future.
A probabilidade dos jovens recém-licenciados estarem empregados e evitarem situações de desemprego nos três anos seguintes a concluir um nível de ensino aumentou, pelo menos, 1,3 pontos percentuais em todos os tipos de ensino (público, privado, politécnico e universitário), mas registou "diferentes magnitudes".
O aumento mais significativo registou-se no ensino privado, quer politécnico (com uma variação de 1,8 pontos percentuais ) como universitário (com um aumento de 2,1 p.p.). Isso faz com que o ensino superior privado universitário se mantenha, face a 2019, como o tipo de ensino com maior propensão ao desemprego em 2020 (6,3%).
Já a menor propensão ao desemprego verificou-se entre os recém-diplomados do ensino superior público universitário (para quem a possibilidade de ficar desempregado aumentou para 4,6% em 2020. Este é igualmente o tipo de ensino com o menor aumento da propensão ao desemprego.
Lisboa é a área com menor risco de desemprego para recém-licenciados
O Algarve e a área metropolitana de Lisboa, que em 2019 apresentavam os níveis mais baixos de risco, foram as que registaram o maior aumento: 3,3 p.p. no Algarve e 2 p.p. na AML. Ainda assim, é na área metropolitana de Lisboa que os recém-licenciados enfrentam menor risco de desemprego.
Os serviços sociais (9,8%), serviços pessoais (8,9%) e informação e jornalismo (8,4%) foram as áreas de formação onde os recém-licenciados encontraram maiores dificuldades em encontrar emprego em 2020. Com um risco de desemprego inferior a 2,5%, destacaram-se as áreas de Matemática e Estatística, Saúde e Serviços de Segurança, que são as menos propensas ao desemprego.