Notícia
Pré-avisos de greve caem para metade em ano de pandemia
O confinamento, o teletrabalho, a adesão ao lay-off e as limitações legais durante o estado de emergência reduziram o recurso à greve por parte dos trabalhadores portugueses.
Entre o início da pandemia de covid-19, em março, e o mês de agosto, apenas foram entregues um total de 221 pré-avisos, o que representa menos de metade dos processos registados no mesmo período do ano passado.
Os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), citados pelo Eco esta segunda-feira, 2 de novembro, mostram a queda do recurso à greve por parte dos trabalhadores portugueses num ano marcado pelo novo coronavírus.
Além do estado de emergência, que suspendeu as paralisações em "infraestruturas críticas ou unidades de prestação de cuidados de saúde, bem como em setores vitais para a produção, abastecimento e fornecimento de bens e serviços essenciais à população", os representantes sindicais justificam este recuo com o confinamento, o teletrabalho e o ritmo de adesão ao lay-off.
Para a próxima semana, entre 9 e 13 de novembro, está convocada uma greve geral de enfermeiros em todo o país, à exceção da região da Madeira. O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), que convocou este protesto, exige o descongelamento das progressões da carreira, a atribuição do subsídio de risco para todos os profissionais e a aposentação aos 57 anos, por ser "uma profissão de desgaste rápido".