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População inativa aumentou 5,7% no segundo trimestre. É a maior subida desde 2011

A população inativa com mais de 15 anos aumentou 5,7% no segundo trimestre deste ano, para 3.8 milhões de pessoas, a variação trimestral mais elevada desde 2011, segundo o INE. O número de horas trabalhadas caiu 22,7%.

Bruno Colaço
05 de Agosto de 2020 às 11:26
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No segundo trimestre deste ano a população inativa com 15 e mais anos, estimada em 3,8 milhões de pessoas, aumentou 5,7% relativamente ao trimestre anterior e 7,5% em relação ao trimestre homólogo. De acordo com as estarísticas divulgadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas, verificou-se igualmente uma diminuição de 22,7% no volume de horas efetivamente trabalhadas, numero que sobe para os 26,1% se a comparação for feita com o mesmo período do ano passado.

 

Estas variações são as maiores desde 2011, ano em que o INE começou a fazer esta série de dados. A redução do volume de horas trabalhadas, adianta o organismo nacional de estatísticas, está associada essencialmente ao aumento da população empregada que, no entanto, esteve ausente do emprego, nomeadamente por se encontrar em situação de lay-off.


Os números do INE mostram que foram 1.078,2 mil as pessoas que, mantendo a situação de empregadas, não estiveram, no entanto, a trabalhar, uma percentagem de 22% da população empregada e, mais do dobro da registada no trimestre anterior. Comparando com o segundo trimestre de 2019, são quatro vezes mais as pessoas nestas circunstâncias.

 

"O aumento ficou a dever-se quase exclusivamente à redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa (que inclui a suspensão temporária do contrato e o layoff), razão apontada por 680,1 mil daquelas pessoas (cerca de dez vezes o número do trimestre anterior)", refere o INE.

 

O aumento da população inativa está diretamente relacionado com o facto de muitas pessoas, estando disponíveis, devido à situação de pandemia não procuraram trabalho, um número que o INE estima em 312,1 mil pessoas e que aumentou 87,6% em relação ao trimestre anterior e 85,6% relativamente ao período homólogo. "O aumento desta população resultou, em parte, de 41,8% dos desempregados no 1.º trimestre de 2020 terem transitado para a situação de inatividade no 2.º trimestre de 2020", explica o INE.

 

Estas circunstâncias explicam, também, que a taxa de desemprego esteja nos 5,6%, valor que até é inferior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 0,7 p.p. ao do trimestre homólogo de 2019. Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 14,0%, aumentou 1,1 p.p. relativamente ao trimestre anterior e 1,6 p.p. por comparação com um ano antes.

 

(notícia atualizada às 11:40 com mais informação)

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