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Número de desempregados inscritos baixa em junho com descida de 5,5% no Algarve

O desemprego registado baixou 0,6% face a maio, o que traduz uma redução de 2.269 desempregados inscritos.

As inscrições nos centros de emprego têm vindo a crescer a um ritmo superior ao dos beneficiários do subsídio de desemprego.
Pedro Catarino
20 de Julho de 2020 às 11:09
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O número de pessoas desempregadas inscritas nos centros de emprego do IEFP persistia acima dos 400 mil no final de junho, embora tenha registado uma queda ligeira face a maio, mês em que tinha atingido um máximo de janeiro de 2018.

Segundo os dados divulgados pelo IEFP, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 406.665 indivíduos desempregados, número que representa 74,8% de um total de 543.662 pedidos de emprego.

Este número traduz uma queda de 0,6% face a maio, o que traduz uma redução de 2.269 desempregados inscritos.

Na comparação homóloga (junho deste ano contra junho de 2019), regista-se um aumento de 36,4% no número de desempregados, o que representa mais 108.474 inscritos.


A região do Algarve continua a ser a mais penalizada com o aumento do desemprego devido à forte dependência do turismo. Em termos homólogos o número de desempregados aumentou 231,8% para 26.140 pessoas. Contudo, comparando junho contra maio observou-se uma descida de 5,5%, ou seja, menos 1.535 desempregados.

Norte, Centro e Alentejo também baixaram o desemprego em junho face a maio, sendo que só em Lisboa e Vale do Tejo se registo um crescimento em cadeia. Na comparação homóloga todas as regiões registam um agravamento, com LTV a sofrer a maior subida (48,5%) depois do Algarve. 

Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no continente, salientam-se os mais representativos, os trabalhadores não qualificados (25,6%), os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (22,1%), o pessoal administrativo (11,7%), os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (10,9%) e especialistas das atividades intelectuais e científicas (9,4%).

Relativamente ao mês homólogo de 2019 (excluindo os grupos com pouca representatividade no desemprego registado), o grupo de operadores de instalações e máquinas e trabalhos de montagem (com 61,3%) apresentou a mais expressiva subida percentual do desemprego, seguido dos grupos trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (56,5%) e pessoal administrativo (39,7%).

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 35.6577 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (29,7%), e 21% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção (6,4%).

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