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Número de desempregados em Portugal sobe 22% em abril para máximo de dois anos

O número de inscritos no centro de emprego subiu 22,1% em abril deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Desde março de 2018 que não se registavam tantos inscritos.

Bloomberg
20 de Maio de 2020 às 12:00
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O número de desempregados em Portugal teve uma subida homóloga de 22,1% em abril, tendo-se registado 392.323 inscritos no centro de emprego, segundo anunciou o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), nesta quarta-feira, dia 19 de maio.

De acordo com os dados disponibilizados pelo instituto, é preciso recuar até março de 2018 para registar um número de inscritos superior ao verificado neste mês. Na altura, existiam 393.335 pessoas inscritas no centro de emprego.

Em termos líquidos, no período em análise registaram-se mais 71.083 pessoas desempregadas em Portugal, comparando com o mesmo mês de 2019. Face a março deste ano, o número desempregados cresceu 14,1%, ou 48.562 pessoas. 

Só no Algarve, uma região dependente maioritariamente do turismo - um dos setores mais afetados com o impacto do novo coronavírus - registou-se um aumento homólogo de 123% no número de desempregados. Em todo o país foi permitido observar um aumento de 60,6% nas atividades de: "Alojamento, restauração e similares".

Depois deste setor, surgem as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio com uma subida 41,2% e nos transportes e armazenagem, onde o aumento foi de 37,4%.

Apenas uma região em todo o país conseguiu evitar um aumento do número de desepregados: os Açores, onde se registou uma diminuição de 6,2% dos desempregados inscritos. 

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse hoje numa audição comissão de Trabalho e Segurança Social que esta subida não foi maior devido ao "mecanismo de layoff", que segundo a ministra "conseguiu suster um aumento maior".

A população empregada em Portugal registou no primeiro trimestre deste ano a primeira quebra homóloga desde 2013, e a maior quebra em cadeia desde o início de 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, que explica que a pandemia está a perturbar o processo de recolha de dados.
A quebra na população empregada foi de 41,7 mil pessoas face ao trimestre anterior (-0,9%) e de 14,3 mil pessoas face a período homólogo (-0,3%).
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