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João Vieira Lopes: "Não nos vamos sujeitar a um acordo de rendimentos sem equilíbrio"

Dececionado com a proposta de Orçamento do Estado e sem medidas fiscais que vão ao encontro do exigido pelos patrões, o líder da Confederação do Comércio e Serviços (CCP) recusa a "pressa" do Governo para chegar a acordo sobre um referencial de subida de salários generalizada no privado.

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O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) diz que não vai aceitar a "pressa" do Governo para fechar o referencial para a subida de salários, defendendo um acordo que tenha um equilíbrio de interesses. 

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, João Vieira Lopes começou por se mostrar "dececionado" com a proposta de Orçamento do Estado que, apesar de incorporar algumas das reivindicações da CCP - como mexidas nas tributações autónomas -, "não dá uma grande contribuição para o investimento".

João Vieira Lopes lembrou que a CCP exigiu que o Governo apresentasse na proposta de Orçamento do Estado um "primeiro sinal" para a discussão do acordo de competitividade e rendimentos - que prevê a definição de um referencial para a subida generalizada dos salários no privado.

Mas dadas as insuficiências do Orçamento, o líder da CCP mostrou-se "muito cético" em relação à viabilização do acordo, porque "definir plafonds de crescimento salarial transversais é extremamente difícil". Além disso, é necessário que o Governo "contribua com a sua parte", o que não aconteceu na proposta de orçamento para 2020.

Sem a garantia da introdução das medidas fiscais necessárias, e dado que quando a concertação social se voltar a reunir, no próximo dia 28 de janeiro (no dia seguinte ao prazo limite para a entrega de propostas de alteração), "o orçamento estará praticamente fechado", João Vieira Lopes admite que não seja possível viabilizar o acordo este ano. No entanto, deixa a porta aberta a consensos futuros. 

"Queremos um bom acordo e, por isso, não nos vamos sujeitar a prazos [do Governo] sem um equilíbrio de interesses e da viabilidade da sua concretização. Não faz sentido assinar um acordo até março para depois ter um conjunto de medidas que só se aplicam em 2021", defendeu.
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