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Governo francês aprova hoje projeto de reforma da lei do trabalho

O Governo francês aprova hoje em Conselho de Ministros o projecto de reforma da lei do trabalho, que tem sido contestada pelos sindicatos com várias manifestações este mês.

Emmanuel Macron. O presidente francês também defende um endurecimento das sanções à Coreia do Norte em resposta ao que classifica como as provocações de Pyongyang. E quer uma União Europeia “unida e clara” nesta matéria.
POOL
22 de Setembro de 2017 às 07:35
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Segundo o jornal francês 'Le Parisien', está agendada uma onda de protesto social com uma manifestação nacional no sábado, uma de camionistas da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e Força Operária (FO) na segunda-feira, e ainda um protesto nacional de reformados, na quinta-feira, para contestar o aumento da Contribuição Social Generalizada (CSG).

Os activistas da Confederação Democrática Francesa do Trabalho (CFDT) irão reunir-se em Paris a 3 de Outubro e os funcionários públicos sairão à rua no dia 10 do mesmo mês, indica o jornal.

Entre os pontos mais controversos que o executivo quer ver aplicados estão a negociação ao nível das empresas para criar condições laborais e a redução das indemnizações por despedimento.

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, descreveu esta reforma do mercado laboral como "a mãe de todas as reformas".

A flexibilização do código do trabalho em França foi uma das bandeiras do Presidente Emmanuel Macron durante a campanha eleitoral.

A reforma é vista pelos sindicatos que a contestam, sobretudo a Confederação Geral do Trabalho (CGT), como uma "soma de regressões históricas", ao "facilitar os despedimentos", permitir alargar o horário de trabalho e dar primazia aos acordos de empresa sobre os acordos colectivos.

Na última manifestação, realizada na quinta-feira, participaram 16 mil pessoas segundo a polícia e 55 mil segundo os sindicatos, números inferiores ao protesto da semana passada (24 mil segundo a polícia e 60 mil segundo os sindicatos).

Cerca de 200 manifestações foram convocadas hoje por todo o país, e o desafio que a CGT (com os outros sindicatos participantes) era o de aumentar ou pelo menos igualar a mobilização de 12 de Setembro, quando saíram às ruas 223 mil pessoas em todo o país segundo a polícia, e 500 mil segundo os sindicatos.
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