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Governo cria comissão para ir buscar mais receitas para a Segurança Social
A diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social tem passado pela consignação de receitas fiscais, como o AIMI ou a contribuição bancária. Governo diz que criou uma comissão para estudar a sustentabilidade e novas receitas.
Ana Mendes Godinho respondia no Parlamento a um deputado da Iniciativa Liberal sobre as perspetivas de sustentabilidade da segurança social quando anunciou a criação da comissão.
"Outra dimensão que é importantíssima é também, concordo, a diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social", disse a ministra da Segurança Social.
"É neste sentido aliás que decidimos criar uma comissão para apresentar uma reflexão sobre a sustentabilidade e formas de diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social e de inclusão de novas formas de trabalho", concretizou Ana Mendes Godinho.
A diversificação das fontes de financiamento tem passado, nos últimos anos, pela consignação de novas receitas de impostos, como o AIMI ou o adicional sobre a banca.
Na legislatura passada foi discutida a forma de integrar por exemplo os trabalhadores das plataformas no sistema, mas a discussão foi interrompida por causa das eleições.
Ana Mendes Godinho tem dito que a Segurança Social vai apresentar pelo quinto ano consecutivo um saldo superior a 2 mil milhões de euros.
O relatório de sustentabilidade da Segurança Social prevê que o saldo passe a ser negativo "no início da década de 2030", podendo o Fundo de Estabilização da Segurança Social cobrir os défices até 2050.