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Empresas portuguesas esperam ritmo de contratação moderado no quarto trimestre

O segundo Manpower Employment Outlook Survey (MEOS) realizado em Portugal revela oportunidades de emprego em oito dos nove sectores auscultados.

Bloomberg
Negócios 13 de Setembro de 2016 às 00:01
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O inquérito da Manpower sobre as perspectivas de emprego (Manpower Employment Outlook Survey - MEOS) para o quarto trimestre deste ano conclui que os candidatos a emprego em Portugal beneficiarão de um contexto de contratação favorável nos próximos três meses.

 

Dos 626 empregadores portugueses que participaram neste inquérito, 74% planeia manter intacta a sua força de trabalho, 12% planeia aumentar a contratação e 8% planeia reduzi-la. Esta projecção, a confirmar-se, traduz-se numa criação líquida de emprego de 4%, diz o relatório divulgado esta terça-feira.

 

"Portugal participa no MEOS pela segunda vez, no quarto trimestre de 2016, sendo que ainda é cedo para identificarmos e analisarmos padrões de confiança e tendências anuais", explica Nuno Gameiro, "country manager" da ManpowerGroup em Portugal, acrescentando que "no entanto, dada a credibilidade deste estudo, que é realizado há mais de 50 anos em 43 países e territórios (…), muito brevemente estaremos em condições de estabelecer uma análise ainda mais completa e partilhar também as tendências do emprego com candidatos e empregadores de norte a sul do nosso país".

 

O MEOS é realizado a cada três meses e com o decorrer do tempo será possível identificar e acompanhar os padrões de confiança dos empregadores portugueses, em nove dos principais sectores de actividade e em cinco regiões do país, refere o mesmo responsável.

 

O inquérito – a primeira participação de Portugal foi em Junho – revela que os empregadores portugueses do sector das finanças, seguros, imobiliário e serviços são aqueles que mais planeiam contratar (+17%) no quarto trimestre. Quando comparada esta percentagem com a do trimestre anterior, é possível verificar um aumento de 5% na intenção de contratação, sublinha-se nas conclusões do inquérito.

 

"Igualmente elevadas são as previsões no sector do comércio grossista e retalhista, onde a projecção é de +5%, e nos sectores da indústria e de transportes, logística e comunicações, com projecções na ordem dos +4%", acrescenta. Segundo o relatório, o sector da construção civil é o que reporta os planos de contratação mais fracos, com uma descida representada em 2%.

 

"É antecipado um crescimento da empregabilidade em oito dos nove sectores de negócio e em quatro das cinco regiões auscultadas para o quarto trimestre," sublinha Nuno Gameiro. As pequenas empresas (que têm entre 10 e 49 trabalhadores) partilham as previsões mais optimistas, com um crescimento da empregabilidade na ordem dos 8%, acrescenta.

 

Em oposição ao trimestre passado, as intenções de contratação na região sul do país revelam as perspectivas menos favoráveis para o trimestre (-3%), enquanto o norte espera um ritmo de crescimento de emprego mais acentuado (+11%).

 

"Terminados os meses de verão, é natural que na região sul - onde o turismo tem maior incidência - exista agora um decréscimo da necessidade de contratar", afirma o responsável, acrescentando que, ainda assim, os +11% registados no Norte "estarão relacionados com a indústria presente na região, sector que prevê um crescimento de 4%, e com o sector das finanças, seguros, imobiliário e serviços da área do Grande Porto, que espera um aumento de 6%".

 

42 países com perspectivas positivas de contratação


Em termos globais, as respostas recolhidas indicam que a maioria dos empregadores perspectiva um crescimento das contratações, embora com variações, durante os próximos três meses. O MEOS revela que o emprego deverá crescer em 42 dos 43 territórios abrangidos, entre Outubro e Dezembro. Registam-se poucos casos de retoma assinalável na confiança dos empregadores e algumas trajectórias de redução, sendo a mais pronunciada a do Brasil (-7%) – uma tendência que já vem desde o trimestre anterior.

 

A incerteza associada ao decréscimo da economia global, o referendo do Brexit e a contínua volatilidade do mercado parece ter tido um impacto reduzido na confiança dos empregadores, salienta o relatório.

 

A confiança na contratação é mais forte na Índia, no Japão, em Taiwan e nos EUA, enquanto os empregadores do Brasil, Bélgica, Finlândia, Itália e Suíça reportam planos de contratação mais fracos.

 

Os dados completos de cada um dos 43 países e territórios, incluídos no inquérito do quarto trimestre de 2016, bem como as comparações regionais e globais, podem ser consultados em www.manpowergroup.com/meos. Os resultados do próximo inquérito serão divulgados a 13 de Dezembro de 2016 e revelarão as perspectivas do mercado do trabalho para o primeiro trimestre de 2017.

 

Portugal não está entre os países cujos dados estão disponíveis para comparação, uma vez que integra pela segunda vez o MEOS.
 

Os nove sectores considerados no inquérito são a agricultura, floresta e pescas; construção civil; fornecimento de electricidade, gás e água; finanças, seguros, imobiliário e serviços; indústria; público; restauração e hotelaria; transportes, logística e comunicações; e comércio grossista e retalhista.

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