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Empresas vão contratar mais no início de 2017

Inquérito elaborado pelo grupo Manpower aponta para um crescimento líquido de 5% nas novas contratações durante o primeiro trimestre de 2017. Sector do turismo e a região Sul concentram as melhores perspectivas de criação de emprego.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 13 de Dezembro de 2016 às 07:01
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O ritmo de contratação vai acelerar ligeiramente no arranque de 2017, com o sector do turismo e a região Sul a concentrarem as melhores perspectivas, revelam os resultados do último inquérito do grupo Manpower, divulgados nesta terça-feira, 13 de Dezembro.

Dos 626 empregadores portugueses inquiridos, 12% prevê aumentar a sua força de trabalho ao longo do primeiro trimestre do próximo ano, 7% antecipa reduzi-la e 75% não perspectiva alterações, o que se traduz numa projecção para a criação líquida de emprego de 5%, um ponto percentual acima da prevista para o trimestre anterior.


"Os três trimestres analisados indicam que a projecção para a criação líquida de emprego em Portugal se mantém, na maioria dos sectores e regiões, em terreno positivo e a evoluir a um ritmo moderado", refere Nuno Gameiro, director da ManpowerGroup em Portugal.


Em termos sectoriais, o inquérito revela que os empregadores da Restauração e Hotelaria são os que projectam maior criação líquida de emprego (15%), seguidos pelos empregadores dos Transportes, Logística e Comunicações (12%), da Agricultura, Floresta e Pescas (7%) e do Comércio Grossista e Retalhista (6%).


"A vitalidade do turismo poderá estar relacionada com estas perspectivas de crescimento do emprego na Restauração e Hotelaria, o que justificaria em parte a projecção na área dos Transportes, embora o primeiro trimestre do ano não seja aquele a que empiricamente associamos maior dinamismo neste sector", analisa Gameiro.

Em sentido inverso, as perspectivas de contratação face ao trimestre anterior baixaram em dois sectores: Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços e no domínio do Fornecimento de Electricidade, Gás e Água, sendo este o único sector que espera reduzir efectivos no arranque de 2017, em cerca de 4%.

Olhando para o mapa, a contratação deverá prosseguir em terreno positivo nas três grandes regiões do país e as melhores perspectivas estão a Sul, onde os empregadores projectam uma criação líquida de emprego de 11%. Tanto no Norte como no Centro é antecipado aumento mais ligeiro, de 3%.


Em termos de dimensão, são os empregadores das Grandes e Médias Empresas os que apontam para aumentos mais expressivos da criação líquida de emprego, de 15% e 12%, respectivamente, o que significa uma melhoria de 9 e 5 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Já as Micro Empresas e das Pequenas Empresas antecipam uma variação nula, ou seja, a manutenção da força de trabalho existente.


"Se tivéssemos de traçar as grandes linhas para o primeiro trimestre de 2017, diríamos que a projecção para a criação líquida de emprego indica a continuidade de um ritmo de contratação moderado, e que a criação de emprego será impulsionada pelas Grandes e Médias Empresas, na Restauração e Hotelaria e nos Transportes, Logística e Comunicações, em especial na região Sul", conclui Nuno Gameiro.


E no mundo? Há 19 países a contratar mais

Olhando agora para o mapa-mundo, o inquérito do Manpower  revela que os empregadores mantêm perspectivas de contratação positivas em 40 dos 43 países e territórios analisados, onde foram inquiridos um total de 59 mil empregadores. A projecção para a criação líquida de emprego aumenta em 19 dos 43 mercados, reduzindo-se em 17 e mantendo-se inalterada em sete.

Globalmente, os países que revelam um nível de confiança mais elevado são Taiwan (25%), Índia (24%) e Japão (23%). Na posição inversa está o Brasil (-9%), a Suíça (-2%) e Itália (0%).


"Os resultados indicam que há poucos sinais de incerteza associados ao Brexit e aos resultados das eleições norte-americanas, acontecimentos que poderiam funcionar como focos de volatilidade mas que não parecem estar a afectar as perspectivas de criação de emprego", avalia Nuno Gameiro.


Já a China "continua a ser o país da Ásia-Pacífico com perspectivas menos animadoras e embora antecipe um crescimento moderado (4%) está significativamente aquém da média da região, que apresenta a melhor projecção para a criação líquida de emprego em termos globais", acrescenta o mesmo responsável em comunicado enviado às redacções.
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