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Emprego nos EUA desilude em Abril

A economia norte-americana criou 160 mil postos de trabalho em Abril, o que representa o nível mais baixo em sete meses e que ficou abaixo do esperado. A taxa de desemprego permaneceu em 5%.

Bloomberg
06 de Maio de 2016 às 13:36
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O mercado de trabalho nos Estados Unidos desiludiu em Abril, com o número de postos de trabalho criados a ficar abaixo do esperado e no nível mais baixo em sete meses.

 

O sector privado da maior economia do mundo criou 160 mil empregos em Abril, abaixo dos 200 mil aguardados pelos analistas. A taxa de desemprego ficou estável nos 5%, quando os economistas esperavam uma queda para 4,9%.

 

A leitura de Abril acabou por ficar no ponto mínimo do intervalo projectado pelos economistas, que apontavam para valores entre 160 e 315 mil.

 

Foram os sectores do retalho e construção os principais responsáveis pelo fraco registo em Abril, com o primeiro a eliminar o maior número de postos de trabalho em dois anos e o segundo a crescer ao ritmo mais lento desde Junho.

 

A economia norte-americana abrandou nos primeiros três meses do ano pelo terceiro trimestre consecutivo, o que segundo a Bloomberg explicará a maior cautela das empresas na contratação de novos trabalhadores.

 

Apesar da desilusão com o número de empregos criados, o crescimento dos salários foi positivo, já que se situou em 0,3% face a Março.

 

O relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho será olhado com atenção pelos responsáveis da Reserva Federal, que seguem de perto a evolução do mercado de trabalho para definir as taxas de juro. Depois do aumento realizado em Dezembro, têm perdido força as expectativas de novas subidas ao longo do ano.     

 

Antes da divulgação deste dado, o mercado de futuros apontava para uma probabilidade de apenas 10% de ocorrer uma subida de 25 pontos base na taxa de juro da Reserva Federal na reunião de Junho. Depis de conhecidos os números, a probabilidade baixou para apenas 2%. 

A probabilidade de uma subida ocorrer na reunião de Julho é agora de 15%, em Setembro de 25%, em Novembro 27% e Dezembro 42%.

Os mercados accionistas reagiram a estes dados do emprego. As bolsas europeias agravaram as perdas (Stoxx 600 cai 1,16%) e Wall Street vai abrir em terreno negativo. No mercado cambial o euro reforçou a subida contra o dólar. Avança 0,3% para 1,1439 dólares.

 

(notícia actualizada às 13:55 com mais informação)

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