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CGTP fora do acordo mesmo sem descida da TSU
A eliminação da descida da TSU é “muito importante” para a CGTP, mas “não chega”. Seriam necessárias decisões na lei laboral que Governo e patrões não querem dar.
A concertação da alternativa pode ter sido feita à esquerda, mas não ainda foi feita com a CGTP. A eliminação da descida da TSU, intensamente contestada pela central sindical nos últimos anos, não é suficiente para garantir a assinatura de Arménio Carlos no acordo de concertação social.
Questionado pelo Negócios, o secretário-geral da CGTP refere que a eliminação da TSU é "muito importante" mas que seria necessário que os patrões e o Governo aceitassem a revogação da caducidade das convenções colectivas e a calendarização de medidas concretas de combate à precariedade para envolver a CGTP num acordo.
"É muito importante o desconto na TSU ter caído, pelo que representa no impacto que pode ter de estímulo aos baixos salários, à precariedade e ao bloqueio da contratação colectiva", começa por responder Arménio Carlos.
"Mas não é suficiente porque ainda não há resposta a questões de fundo: a revogação da caducidade das convenções colectivas, medidas concretas de combate à precariedade, a abertura de um processo imediato de revogação das normas gravosas da legislação laboral", conclui.
As reivindicações de Arménio Carlos são incompatíveis com as posições que tem assumido o Governo – que não quer revogar a caducidade da lei – e as confederações patronais, que querem congelar alterações à legislação do trabalho.
A questão foi lançada esta quarta-feira à noite, em jeito de provocação, pelo presidente da CIP.
"Gostaria de perceber agora se com o PEC", solução defendida "pelos partidos políticos de esquerda" a CGTP "vem juntar-se aos parceiros subscritores" do acordo, afirmou António Saraiva, na SIC Notícias.