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BP vai cortar 15% da força de trabalho por causa da pandemia e do foco nas renováveis
Vão ser eliminados 10.000 postos de trabalho dos atuais cerca de 70.100, uma mudança que deverá ficar concluída até ao final do ano.
A BP tem planeado um corte de 15% no número de trabalhadores, uma redução decorrente não só da pressão que a pandemia de coronavírus exerceu sobre o negócio mas também da estratégia da empresa de transitar do mercado de petróleo e gás para o das energias renováveis.
A comunicação foi feita por Bernard Looney, o CEO da empresa, através de uma chamada online. Vão ser eliminados 10.000 postos de trabalho dos atuais cerca de 70.100, uma mudança que deverá ficar concluída até ao final do ano, informam fontes que participaram desta chamada, em declarações à Reuters.
Contactada pela agência de notícias, a empresa recusou-se, para já, a prestar mais esclarecimentos.
A pandemia tem ditado uma redução em massa dos empregos em vários setores. Exemplo disso mesmo é a companhia aérea Boeing, que pretende demitir mais de 13.000 funcionários, na primeira ronda de cortes no âmbito de um plano anunciado anteriormente, desencadeado pelo colapso causado pelo coronavírus nas viagens aéreas globais. A Easyjet pretende eliminar 30% dos empregos e a Ryanair vai encerrar a principal base da sua subsidiária Laudamotion, em Viena, eliminando 300 empregos, após o sindicato ter rejeitado a proposta de cortes salariais.
No setor automóvel, a Renault Nissan revelou um plano para reduzir custos em dois mil milhões de euros até 2022, que incluem a supressão de 15 mil postos de trabalho.