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Maioria dos diretores quer trabalho presencial e não teletrabalho
Seis em cada dez diretores preferem que o trabalho seja feito no escritório. A esmagadora maioria dos trabalhadores (96%) gostava de continuar em teletrabalho após a pandemia. As empresas já estão a incluir o teletrabalho no pacote de benefícios e muitas estão a avaliar como podem cortar custos.
A maioria (59%) dos diretores das empresas prefere que as suas equipas regressem ao trabalho presencial no escritório, contra 96% dos trabalhadores que gostavam de ter a opção de trabalhar à distância após a pandemia, de acordo com os resultados de um estudo divulgado pela consultora Robert Walters, feito junto de 2.500 empresas de vários setores a nível global.
"Entre os principais impedimentos para instituir o teletrabalho na organização após o Covid-19, 62% das empresas têm preocupações com a produtividade dos funcionários, ainda que 44% dos profissionais considerem que a sua produtividade aumentou a trabalhar a partir de casa; e o facto de os diretores preferirem o sistema tradicional de trabalho no escritório (59%), contra 96% dos profissionais que pretendem continuar a ter a opção de teletrabalhar a seguir à pandemia", revela a consultora de recrutamento em comunicado.
Apesar disso, três quartos das empresas admitem garantir teletrabalho a mais trabalhadores após a pandemia e a maioria (73%) tenciona incluir o trabalho à distância no seu pacote de benefícios.
No entanto, só 13% das organizações considera que todos os empregados já têm as ferramentas necessárias para trabalhar remotamente e 14% das empresas não pensa implementar o teletrabalho em qualquer circunstância.
Já a maioria dos trabalhadores (65%) considera que os diretores se deviam focar em resultados "e nao no tempo passado a trabalhar".
Como planear o regresso faseado?
Cerca de metade das empresas estão a realizar um retorno faseado ao escritório, tendo em conta os riscos de saúde dos trabalhadores (50%); promovendo a criação de equipas mais pequenas, por turnos, ou decididindo quem regressa com base na função que as pessoas desempenham (39%).
Há empresas que decidiram com base nas respostas de quem prefere voltar ao escritório voluntariamente (39%) e muitas alteraram horários para evitar as horas de ponta (35%).
Três em cada cinco afirma que adaptou a estratégia de regresso ao escritório com base nas taxas de risco locais, admitindo diferentes estratégias para diferentes escritórios.
À semelhança do que sugerem outros inquéritos, também este confirma que os empresários já estão a avaliar possíveis poupanças de custos, através da limitação de viagens (54%), da redução do espaço no escritório (37%) e de maior recurso ao trabalho a termo ou "por projeto" (8%).