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Unicef aponta reformas educativas do Brasil como exemplo a seguir

O relatório anual da Unicef apresenta como exemplo as reformas educativas do Brasil, que em nove anos aumentaram as taxas de matrícula dos jovens de 15 anos de 65 para 78%.


Uma das principais características da inversão do caminho que estava a ser seguido pelos mercados emergentes foi a redução dos défices de conta corrente de alguns países mais frágeis. No seu World Economic Outlook de outubro de 2017, o FMI indicou que espera melhorias nos saldos das contas correntes do Brasil, Colômbia, México, Peru, Cazaquistão, África do Sul, Ucrânia e Indonésia. Estamos com sobreponderação de acções dos mercados emergentes nas nossas carteiras de activos múltiplos e acreditamos que tanto a desvalorização do dólar como a melhoria dos dados macroeconómicos a nível interno serão os principais pilares dos retornos dos mercados emergentes em 2018.
Reuters
28 de Junho de 2016 às 00:28
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Intitulado "Uma oportunidade justa para todas as crianças", o relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado esta terça-feira, alerta para a urgência de investir nas crianças mais pobres do mundo, sob pena de deixar para trás milhões de crianças.

 

No capítulo dedicado à Educação, a Unicef cita alguns bons exemplos: "O Brasil e o Vietname oferecem lições valiosas sobre como reformar os sistemas educativos".

 

Segundo o relatório, reformas múltiplas que começaram nos anos 1990 no Brasil permitiram melhorar as taxas de matrículas dos adolescentes e os desempenhos escolares.

 

Entre 2003 e 2012, as taxas de matrícula dos adolescentes de 15 anos aumentaram de 65 para 78% e muitas das crianças que entraram nessa altura no sistema educativo provinham de meios socioeconómicos desfavorecidos.

 

No mesmo período, os resultados médios dos alunos brasileiros no PISA (Programa para a Avaliação Internacional dos Estudantes) aumentaram 25 pontos.

 

Entre os estudantes mais desfavorecidos, o aumento foi de 27 pontos, segundo aquele programa de avaliação, feita a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).

 

Entre as reformas que produziram estes resultados esteve a criação de uma comissão independente de avaliação, que se tornou o Sistema de Avaliação do Ensino Básico e serve hoje como um mecanismo transparente de avaliação e como um método comum de medição dos desempenhos na aprendizagem, escreve a Unicef.

 

Como resultado das avaliações, as escolas mais bem sucedidas ganham mais autonomia, enquanto as que registam piores resultados recebem apoio para melhorar os padrões.

 

Os autores do relatório acrescentam que o Brasil também aumentou o financiamento da Educação, que em 2012 atingiu 6,3% do Produto Interno Bruto.

 

A formação de professores e o programa Bolsa Escola, que prevê transferências de dinheiro para as famílias mais pobres, também contribuíram para melhorar a Educação no Brasil, segundo a Unicef.

 

O exemplo do país lusófono "mostra que acelerar o progresso educativo para as crianças mais desfavorecidas pode ter resultados positivos".

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