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Quase todas as escolas continuam a oferecer inglês no 1º ciclo

Disciplina deixou de ser de oferta obrigatória nas actividades de enriquecimento curricular este ano lectivo.

26 de Setembro de 2013 às 19:42
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Embora já não sejam obrigadas a oferecer inglês aos alunos no âmbito das actividades de enriquecimento curricular (AEC), a quase totalidade das escolas do primeiro ciclo manteve a disciplina este ano lectivo.

 

De acordo com os dados enviados ao Negócios pelo Ministério da Educação e Ciência, “97% das Unidades Orgânicas que têm escolas de 1º ciclo oferecem inglês nas AEC”. Apesar de estar “a ser concluído um levantamento mais detalhado”, os dados para já recolhidos “indicam que o inglês é oferecido em AEC em cerca de 90% das turmas” este ano.

 

Até ao passado ano lectivo, o ensino do inglês era obrigatório no âmbito das AEC, pelo que mais de 99% das escolas tinham esta oferta. Em 2012/2013, tal como o Negócios noticiou esta quarta-feira, nove em cada dez alunos a frequentar o primeiro ciclo do ensino básico (primeiro ao quarto ano de escolaridade) tiveram inglês. Os dados disponibilizados pela Direcção-geral de Estatísticas da Educação e Ciência mostram que 91,1% (162.286) dos alunos a frequentar o primeiro e segundo ano tiveram inglês e 91,2% (166.171) dos alunos do terceiro e quarto ano também optaram pela disciplina. Ou seja, só menos de 10% dos alunos não quiseram aproveitar esta oferta das escolas.

 

Agora o Ministério diz que cerca de 90% das turmas tem a disciplina, mas não diz quantos alunos estão a aprender esta língua, nem diz quantas escolas primárias deixaram de oferecer, falando sim em “unidades orgânicas” que podem agregar várias escolas do 1º ciclo e a quebra pode não ser de quase 100% para 97% mas sim de quase 100% para bem menos (caso nesses 3% em falta estejam agrupamentos com muitas escolas primárias).

 

Inglês deixou de ser obrigatório este ano

O Governo resolveu acabar com a obrigatoriedade do inglês nas actividades de enriquecimento curricular que, por sua vez, são de matrícula e frequência facultativa por parte dos alunos. O ministro Nuno Crato justificou-se com as desigualdades no acesso, dizendo que "há regiões, como o Algarve, em que um quarto dos alunos não está nessas actividades".


A possibilidade das escolas não oferecerem o inglês nas AEC levantou um coro de críticas por parte de pais, professores e oposição. O gabinete de Crato disse por sua vez que "no ano lectivo de 2013/2014 o Ministério da Educação e Ciência deu o primeiro passo para que o inglês pudesse integrar o currículo do 1.º ciclo através da possibilidade de este ser oferecido em Oferta Complementar, que é de frequência obrigatória".

 

Apesar desta decisão, o ministro Nuno Crato já veio revelar que pretende tornar a disciplina obrigatória na estrutura curricular do 1º ciclo e já pediu ajudar ao Conselho Nacional de Educação (CNE) para estudar a matéria, uma vez que esta mudança é complexa. Caso venha a acontecer, será necessário alterar também o currículo do inglês do quinto ao nono ano de escolaridade.

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