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Professores e Governo voltam às negociações já com greve no horizonte
Sindicatos e ministro da tutela não se reuniam há nove meses e voltam esta segunda-feira a discutir temas como o descongelamento das carreiras. Encontros avançam já com uma greve no horizonte, prometida pelos professores para dia 18 deste mês, altura de tratar das avaliações do fim do ano.
O Ministério da Educação volta esta segunda-feira, 4 de Junho, a reunir-se com a Fenprof, de Mário Nogueira, para dar início a mais uma ronda de negociações. Tiago Brandão Rodrigues, que não se reunia com os sindicatos há cerca de nove meses, deverá estar presente. Foi essa, pelo menos, a "garantia" dada à Fenprof, de acordo com um comunicado da organização sindical.
Em cima da mesa estará, desde logo, o velho tema do descongelamento de carreiras, que aparentemente continua sem fim à vista. A Fenprof já avisou que a ida ao Parlamento de Tiago Brandão Rodrigues, no passado dia 23 de Maio, não augura nada de bom, já que o ministro mostrou "não ter nada de novo para dizer".
"Aquilo que poderia ser uma reunião que abrisse janelas para a resolução de problemas, transformou-se no momento em que o ministro da Educação terá de dar respostas que levem à suspensão da luta já convocada, o que será muito mais difícil", avisa a Fenprof.
A greve às avaliações está marcada para 18 de Junho, antes mesmo de os sindicatos ouvirem o que o Governo tem para lhes dizer.
Depois da reunião desta segunda-feira com a Fenprof, a ronda de negociações prossegue amanhã, com a FNE. O objectivo do governo é, agora, retomar as reuniões trimestrais com os representantes dos sindicatos dos professores.
Os sindicatos exigem a contagem integral do tempo de serviço; regras próprias para a aposentação dos professores; a reposição do horário em 35 horas semanais efectivas; e, ainda, "o reconhecimento dos problemas que foram criados no âmbito dos concursos e a disponibilidade para os resolver", sublinha a Fenprof.