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Marcelo inaugura i3S a brincar com “optimismo excessivo” de António Costa

O Presidente da República disse que o país está “dividido” entre os optimistas e os pessimistas e coloca o primeiro-ministro no primeiro grupo, ainda que por vezes em demasia.

19 de Maio de 2016 às 18:54
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Marcelo pronunciou o nome devagarinho: "i…3…S". E fê-lo em tom de aula, depois de um discurso em que o primeiro-ministro, António Costa, pareceu ter algumas dificuldades em pronunciar o nome do "superlaboratório" do Porto, que resulta da união entre três instituições científicas: o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP).


O professor, nada incomodado com a manifestação a favor dos contratos de associação de escolas que o esperava lá fora, no pólo universitário da Asprela, fez a plateia de cientistas, governantes, médicos, estudantes e outros profissionais rir várias vezes, provando que está longe de perder o "momento de graça" que tem vivido desde que assumiu a presidência. E não deu tréguas a um bem disposto António Costa. "Vejo dois países. O que prolonga um tropismo pessimista e céptico, que considera que estamos votados a uma subalternização. E há outro [país] que todos os dias trabalha, cria, inventa, imagina", salientou, virando-se para o primeiro-ministro, que considera ter um "optimismo excessivo" por vezes.


António Costa recordou Mariano Gago e o seu papel em impulsionar o sector. E elogiou o esforço das três instituições em juntar-se, "num país que tem a cultura do minifúndio e em que nada é mais difícil do que por a cooperar duas instituições. A não ser fazer isso com três instituições", ironizou.


O primeiro-ministro recordou que o Governo estava em negociações com os sindicatos para acabar com as bolsas nas ciências, que neste momento pagam aos investigadores, e substitui-las por verdadeiros contratos de trabalho em Portugal, para "cimentar o emprego público".


Marcelo, falando para o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, disse que a espera de quase duas décadas para levar este projecto a cabo "não é nada" em comparação com o que costuma acontecer em Portugal. Elogiou os portuenses, dizendo ao presidente da Câmara Rui Moreira que este só podia ser "um homem feliz. Imagino o q é estimulante ser presidente da câmara do Porto", atirou. E falou da maneira como a Universidade do Porto se soube reinventar.


O reitor, por sua vez, deu conta do peso das exportações deste sector de 1,2 mil milhões de euros, mas mesmo assim há um défice na balança, porque as importações são 3,3 mil milhões.


O novo edifício do i3S conta com mais de mil colaboradores, 800 dos quais são cientistas dedicados ao desenvolvimento de respostas, por exemplo, ao cancro.


Conta com 18 mil metros quadrados, numa empreitada orçada em 21,5 milhões de Euros, financiada em 18 milhões por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte. 

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