Em Portugal, 61% dos pais admitem não fazer poupanças para a educação futura dos filhos. 47% afirma que não tem nem tenciona ter, enquanto 14% tem como objectivo amealhar dinheiro para investir na formação dos mais novos. Estas são algumas das conclusões de um estudo realizado pelo Observador Cetelem, que analisou o comportamento das famílias portuguesas na preparação do regresso às aulas.  

O estudo mostra ainda que, enquanto no ano passado apenas 8% das famílias portuguesas revelavam a intenção de reunir economias para a educação, este valor quase duplica este ano para 14%.

Já o número de pais que não tem nem tenciona ter dinheiro de parte para a formação dos mais novos (47%) subiu ligeiramente face a 2015 (45%), estando, contudo, muito abaixo da percentagem observada em 2014 (64%).

Por outro lado, 30% dos pais afirmam já ter uma poupança destinada unicamente aos gastos escolares dos seus descendentes, um valor ligeiramente superior a 2015 (29%).

"As famílias portuguesas têm diariamente várias despesas e acabam por direccionar os seus rendimentos para finalidades mais urgentes do que a poupança. No entanto, é um bom sinal que cada vez mais pessoas estejam a preparar com antecipação as despesas escolares dos seus filhos e a economizar neste sentido", refere Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem.

Este estudo tem por base uma amostra representativa de 600 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os géneros e com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, aos quais foi aplicado um questionário estruturado de perguntas fechadas.