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Mais de 98 mil estudantes já se candidataram a bolsa no ensino superior
Perda de rendimento das famílias e mexida nos critérios de atribuição faz aumentar pedidos de bolsa de ação social num ano letivo em que, pela primeira vez, o valor mínimo (871 euros) é superior da propina máxima nas licenciaturas e mestrados integrados.
Até 29 de outubro já tinham dado entrada 98.703 pedidos para a atribuição de bolsa no ensino superior, um registo que já supera os números totais dos anos letivos anteriores nas universidades e politécnicos.
Segundo os dados da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), citados pelo Público esta segunda-feira, 2 de novembro, são mais 4.414 pedidos de bolsa em relação ao mesmo dia do ano passado, tendo já sido aprovados 14.707 processos.
Pela primeira vez este ano letivo, o valor da bolsa mínima para os estudantes carenciados (871 euros) é superior ao valor da propina máxima nas licenciaturas e mestrados integrados, que baixa pela segunda vez consecutiva, para 697 euros.
Além da perda de rendimentos das famílias provocada pela pandemia, outro fator que deverá fazer aumentar o número de beneficiários é a mexida nos critérios de elegibilidade, com a subida de 878 euros do teto para atribuição de bolsa para um rendimento per capita de 8.962 euros anuais.
Numa entrevista ao Negócios, publicada na semana passada, o ministro Manuel Heitor destacou ainda a fixação do complemento de alojamento (pago a bolseiros sem lugar em residências universitárias) num valor base de 219 euros, que atinge um máximo de 285 euros em Lisboa e de 263 euros no Porto devido aos preços da habitação.