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Governo quer institutos politécnicos mais articulados com necessidades regionais

O Governo quer melhorar a articulação entre o ensino politécnico e as necessidades económicas e sociais, tendo em conta a especificidade de cada região. A proposta foi apresentada esta quarta-feira e pretende apostar no desenvolvimento regional.

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10 de Fevereiro de 2016 às 17:39
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) pretende incentivar a investigação e desenvolvimento nos institutos politécnicos e reforçar a sua oferta de formação de curta duração. O Governo diz pretender assim valorizar a inserção territorial dos politécnicos, reordenando a despesa pública e alargando a especialização progressiva das instituições com base em temáticas ligadas ao território onde estão inseridas, nomeadamente com a criação de redes de hotéis-escola e restaurantes-escola.

"Forçar e valorizar o impacto dos institutos politécnicos na sociedade e economia" é por isso o mote de partida para o programa de Modernização e Valorização dos Institutos Politécnicos apresentado esta quarta-feira, 10 de Fevereiro.

O programa é estruturado a partir de cinco eixos de acção e age com base na observação das competências e especificidades de cada instituto politécnico ao qual é dado o contexto territorial, económico e social em que está inserido.


O primeiro plano de acção pretende fomentar "o relacionamento a nível local entre as instituições de ensino superior e o sector produtivo" bem como com "outras instituições públicas" através da reunião de "docentes e investigadores em várias áreas científicas em torno de um conjunto preciso de linhas temáticas" que oriente programas de formação específicos "orientados para a resolução de problemas de interesse local".

O Governo prevê a implementação de curtos programas de formação e reformas dos actuais cursos técnicos superiores, para os quais está previsto "especial apoio de fundos comunitários", bem como a criação de "mestrados profissionais", e estimular a relevância na área das "competências digitais", sempre em "estreita colaboração" com o sector produtivo.

O programa tem também subjacente a preocupação em racionalizar os recursos, apostando na formação de massa crítica e partilha de recursos.

Assim, o programa aposta nos serviços e no turismo e hotelaria, incluindo o desenvolvimento de "desejável de redes de hotéis-escola e restaurantes-escola e de relevância local e internacional", bem como de formas de "desporto aventura".

O Ministério quer também apostar no desenvolvimento de serviços especializados de apoio clínico, em tecnologias de saúde, enfermagem e apoio social. Entre as áreas temáticas com peso territorial constam também a indústria e gestão de tecnologia e o sector agro-alimentar e de florestas.

Até Abril, os detalhes do programa serão ainda discutidos com o conselho coordenador dos institutos superiores politécnicos com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), da Direcção-Geral do Ensino Superior e da Agência Nacional de Inovação. Segue-se a abertura de editais para concurso público de projectos-piloto de investigação e desenvolvimento e a oferta de novos ciclos de formações curtas. 

Quais os politécnicos abrangidos?

- Instituto Politécnico de Bragança e instituições em Espanha (Nordeste Transmontano)

- Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (Alto Minho)

- Instituto Politécnico de Viseu, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Castelo Branco (Beira Interior)

- Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico de Santarém e Instituto Politécnico de Tomar (Oeste)

- Instituto Politécnico de Setúbal, Instituto Politécnico de Portalegre e o Instituto Politécnico de Beja (Alentejo)

- Ensino Politécnico da Universidade do Algarve (Algarve)

- Instituto Politécnico do Porto (Porto)

- Instituto Politécnico de Coimbra (Coimbra)

- Instituto Politécnico de Lisboa (Lisboa)

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