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Governo chama professores para reunião em véspera de greve

A reunião de "última hora," como é definida pela Fenprof, não deverá impedir a greve "histórica" marcada para amanhã, defende a entidade liderada por Mário Nogueira. O descongelamento de carreiras e reposicionamento dos professores retidos em escalões está no centro das exigências.

14 de Novembro de 2017 às 12:24
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O Governo vai reunir esta tarde com os sindicatos dos professores, na véspera da agendada greve destes profissionais da educação. O pedido de encontro foi divulgado esta terça-feira, 14 de Novembro, pela Federação Nacional dos Professores (Feprof), que refere, num comunicado enviado às redacções, que esta será uma reunião para "gerar confusão e não [para] a assumir compromissos" e em que não se esperam avanços, desde logo porque o ministro da Educação estará ausente do encontro.

"A Fenprof parte para esta reunião sem grandes expectativas, pois não sendo crível o desenvolvimento de um processo negocial em apenas uma tarde na véspera de uma greve, o que se esperaria dela seria um acordo político, inequívoco, em relação ao descongelamento das carreiras. Só que, um acordo desse tipo exigia a presença do Ministro da Educação que, contudo, estará ausente," refere o documento.

No encontro, a realizar no Ministério da Educação, estarão presentes as secretárias de Estado Adjunta e da Educação e da Administração e Emprego Público e não há agenda pré-estabelecida. A federação liderada por Mário Nogueira avisa no comunicado que os "professores estarão atentos e a ausência de compromissos concretos, logo, inequívocos darão ainda mais força à greve de amanhã."

Cerca de uma hora depois de divulgado o comunicado, a Lusa noticiou que o ministro da Educação está internado num hospital de Lisboa com síndrome vestibular agudo, o que o levou a cancelar a agenda prevista para hoje, ficando sob vigilância e investigação médica nos próximos dias.

A greve de professores foi convocada pela Fenprof para defender o descongelamento de carreiras e reposicionamento de docentes retidos em escalões, além de exigir do Governo "o compromisso de desenvolvimento de processos negociais relativos a aposentação, horários de trabalho e concursos".

Concluindo o comunicado, a Fenprof não deixa grande margem para desconvocar a greve: "(...) dificilmente dela [reunião] sairá outro resultado que não seja a confirmação de que os professores, para serem respeitados, vendo contabilizado o tempo de serviço que prestaram, terão de realizar, amanhã, mais uma greve histórica."

(Notícia actualizada às 13:22 com referência ao internamento do ministro da Educação)
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