Notícia
Fenprof alerta que "não basta dizer datas" e pede reforço de medidas
"Também é preciso ser responsável nas condições do regresso, não basta dizer as datas", disse à Lusa Mário Nogueira, considerando que o pior que poderia acontecer era um retrocesso do desconfinamento no ensino durante a pandemia de covid-19.
11 de Março de 2021 às 23:21
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) alertou hoje que "não basta dizer as datas" para a reabertura das escolas, pedindo o reforço de medidas de segurança sanitária e a articulação com a testagem.
"Também é preciso ser responsável nas condições do regresso, não basta dizer as datas", disse à Lusa Mário Nogueira (na foto), considerando que o pior que poderia acontecer era um retrocesso do desconfinamento no ensino durante a pandemia de covid-19.
O primeiro-ministro anunciou hoje o plano de desconfinamento, com o calendário do regresso gradual às atividades presenciais, a partir de segunda-feira para as crianças das creches e alunos do ensino pré-escolar e o 1.º ciclo.
Ao longo da conferência de imprensa, António Costa reforçou que o calendário hoje apresentado pode, a qualquer momento, ser alvo de mudanças caso a situação pandémica se volte a agravar, e a Fenprof alerta que o risco de isso acontecer é grande se não forem reforçadas medidas na reabertura das escolas.
"Não sei se é uma inevitabilidade, mas é um risco. E é um risco grande", sublinhou, considerando que a falta de condições nas escolas para a qual alertou várias vezes no primeiro letivo ainda preocupa aquela estrutura sindical.
"Não há nada sobre a redução do número de alunos por turma para garantir distanciamento, não há nada sobre reforço de pessoal auxiliar para garantir a limpeza dos espaços", exemplificou.
Por outro lado, o dirigente sindical lamentou também que a vacinação dos professores e não docentes e o programa de rastreios, duas medidas reivindicadas e elogiadas pela Fenprof, não estejam em articulação com a reabertura.
"No mínimo e no imediato, a testagem", sublinhou, referindo-se ao "Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino", que prevê, no reinício das atividades escolares presenciais a realização de um teste rápido de antigénio a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino.
Depois dos mais novos, o calendário de reabertura das escolas do plano de desconfinamento prevê que os restantes alunos regressem após as férias da Páscoa.
Em 5 de abril voltam ao ensino presencial os cerca de 530 mil alunos do 2.º e 3.º ciclos, que voltam a ter também abertos os ATL´s.
Os alunos do ensino secundário e do ensino superior só voltam a ter aulas presenciais em 19 de abril, anunciou António Costa.
Relativamente ao calendário, Mário Nogueira disse apenas que corresponde àquilo que já era expectável e reforçou que essa não era a principal preocupação da Fenprof.
Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde o final de janeiro devido ao agravamento da situação epidemiológica em Portugal. Cerca de 1,2 milhões de alunos, do primeiro ciclo ao secundário, retomaram as aulas em 08 de fevereiro, mas à distância.
"Também é preciso ser responsável nas condições do regresso, não basta dizer as datas", disse à Lusa Mário Nogueira (na foto), considerando que o pior que poderia acontecer era um retrocesso do desconfinamento no ensino durante a pandemia de covid-19.
Ao longo da conferência de imprensa, António Costa reforçou que o calendário hoje apresentado pode, a qualquer momento, ser alvo de mudanças caso a situação pandémica se volte a agravar, e a Fenprof alerta que o risco de isso acontecer é grande se não forem reforçadas medidas na reabertura das escolas.
"Não sei se é uma inevitabilidade, mas é um risco. E é um risco grande", sublinhou, considerando que a falta de condições nas escolas para a qual alertou várias vezes no primeiro letivo ainda preocupa aquela estrutura sindical.
"Não há nada sobre a redução do número de alunos por turma para garantir distanciamento, não há nada sobre reforço de pessoal auxiliar para garantir a limpeza dos espaços", exemplificou.
Por outro lado, o dirigente sindical lamentou também que a vacinação dos professores e não docentes e o programa de rastreios, duas medidas reivindicadas e elogiadas pela Fenprof, não estejam em articulação com a reabertura.
"No mínimo e no imediato, a testagem", sublinhou, referindo-se ao "Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino", que prevê, no reinício das atividades escolares presenciais a realização de um teste rápido de antigénio a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino.
Depois dos mais novos, o calendário de reabertura das escolas do plano de desconfinamento prevê que os restantes alunos regressem após as férias da Páscoa.
Em 5 de abril voltam ao ensino presencial os cerca de 530 mil alunos do 2.º e 3.º ciclos, que voltam a ter também abertos os ATL´s.
Os alunos do ensino secundário e do ensino superior só voltam a ter aulas presenciais em 19 de abril, anunciou António Costa.
Relativamente ao calendário, Mário Nogueira disse apenas que corresponde àquilo que já era expectável e reforçou que essa não era a principal preocupação da Fenprof.
Os estabelecimentos de ensino estão encerrados desde o final de janeiro devido ao agravamento da situação epidemiológica em Portugal. Cerca de 1,2 milhões de alunos, do primeiro ciclo ao secundário, retomaram as aulas em 08 de fevereiro, mas à distância.