Notícia
Enfermagem no top dos cursos com maior aumento de vagas
Este ano lectivo, que começa em Setembro, oferece aos alunos um menor leque de escolhas. Ao todo há 50.820 vagas, menos 461 do que no ano passado. Mas há áreas e cursos em específico onde esta tendência é contrariada.
Entre os cursos com uma maior variação positiva de vagas face a 2013 destacam-se três de enfermagem, dois de gestão e, por exemplo, o de Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação (regime pós-laboral), na Universidade do Minho, que regista mesmo o maior aumento proporcional, na ordem dos 83%, para um total de 55 vagas disponíveis no próximo ano lectivo. Estes são apenas alguns exemplos dos cursos com maior aumento de vagas no próximo ano.
Ao todo, e numa lista superior a 1.000 cursos, 136 aumentaram vagas face a 2013. O Negócios optou por destacar os que tiveram uma variação superior a 40% de um ano para o outro. Mas olhando para os 136 cursos, e agrupando-os por grandes áreas de formação, são as de informática (+9,5%, para 900 vagas), agricultura, silvicultura e pescas (+2,7%, para 864 vagas) que mais aumentaram vagas este ano, proporcionalmente.
Ainda assim, é a área de "engenharia e técnicas afins" que domina a oferta nas instituições de ensino superior. Com 9.022 vagas disponíveis para o próximo ano lectivo, concentrando assim 17,5% do total de vagas, seguida das ciências empresariais e da saúde (15,3%) e Saúde (13%).
Do lado oposto da tabela, as maiores quebras, tendo em consideração áreas com um número considerável de vagas, assinalam-se na arquitectura e construção (onde se inclui engenharia civil) e nos serviços sociais. No primeiro caso, há uma quebra de 213 vagas (-9,3% face a 2013), para um total de 2.085. Se tivermos como base de comparação o ano de 2012 então a quebra ronda os 24% na área de arquitectura e engenharia civil. No caso dos serviços sociais, a quebra anual é de cerca de 7,3% e no conjunto dos dois anos a redução foi de 16,7% (o equivalente a 217 vagas).
Esta evolução justifica-se em parte pela baixa procura, que levou à extinção de cursos. A maioria dos cursos manteve o número de vagas, muitos porque ficaram impossibilitados de aumentar a oferta por terem uma taxa de desemprego superior à média. E cerca de 130 reduziram vagas.
Universidades e politécnicos públicos disponibilizam ao todo 50.820 vagas para os candidatos ao ensino superior na 1.ª fase do concurso nacional – cujas candidaturas decorrem até 8 de Agosto –, menos 641 lugares do que os 51.461 colocados a concurso no ano lectivo de 2013-2014. De acordo com a informação disponibilizada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), o número total de vagas disponíveis para a 1.ª fase do concurso nacional de acesso está a cair desde 2011, ano em que foram a concurso 53.500 lugares. Mas a quebra de alunos candidatos tem sido superior.